Lazaroni acredita que mortandade de peixes no Rio de Janeiro foi causada por esgoto

O presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio, deputado André Lazaroni (PMDB), não está convencido de que a mancha de peixes mortos que tomou conta da Lagoa Rodrigo de Freitas, zona Sul do Rio, nesta sexta-feira (26/02), não tenha sido causada por vazamento de esgoto, hipótese descartada pela secretária de Estado do Ambiente, Marilene Ramos. O parlamentar vai promover uma audiência pública no próximo dia 10, às 19h, na sala 311 do Palácio Tiradentes, para investigar a questão. “No momento não podemos afirmar nada, por isso vou dar um prazo de 10 dias para que saiam os resultados dos exames de laboratório e, depois, cobrarmos medidas das autoridades responsáveis. Vou querer ouvir a secretaria, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) e empresas responsáveis por despoluir a lagoa”, declarou Lazaroni, que esteve no local e participou da coleta de peixes para análise.
Apesar de funcionários da Colurmb terem dito que foram retiradas, pelo menos, 10 toneladas de peixes mortos, Marilene Ramos afirmou que a mortandade “foi pequena”. A secretária também descartou a hipótese, antes considerada, de que o fenômeno teria ocorrido devido ao rompimento, na última quinta-feira (18/02), da tubulação de esgoto que liga o bairro do Leblon ao emissário de Ipanema. “A causa não foi o derramamento de esgoto porque os peixes não têm aspecto de terem morrido por falta de oxigênio. Além disso, a área da lagoa está toda cercada por um cinturão que desvia todos os esgotos que chegam, e está sendo feito um trabalho complementar de mapeamento das redes para combater ligações clandestinas. Nesse aspecto, a lagoa está bastante protegida”, alegou a representante do governo, que acredita que a situação climática anormal do Rio tenha alterado as condições na lagoa e provocado a mortandade.
Já a gerente de Avaliação da Qualidade das Águas do Inea, Fátima Freitas, disse que uma proliferação de algas pode ter causado o problema com os peixes, que, segundo ela, são sensíveis e morrem de pequenas causas por serem 90% da espécie savelhas. “Diversos fatores, como a alteração brusca de temperatura, podem fazer com que determinadas algas cresçam em quantidade e predominem sobre as outras. Isto acontece naturalmente no meio ambiente, que está sujeito a variações”, explicou a especialista. De acordo com Lazaroni, esta afirmação sustenta sua hipótese de que ainda existam mais de 10 ligações clandestinas de esgoto no local. “Caso seja confirmada esta teoria, as algas que se proliferaram se alimentaram de micro-organismos que podem ter sido facilmente fornecidos por coliformes”, sustentou.
Fátima disse que não há como prever se um fenômeno deste tipo irá acontecer de novo. “Se este for o caso, as algas entrarão em declínio naturalmente e o meio ambiente na lagoa se estabilizará”, informou. Os resultados laboratoriais do Inea deverão ficar prontos entre as próximas segunda-feira (01/03) e terça- feira (02/03).
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