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Lula diz que reajuste dos aposentados tem que caber no orçamento da Previdência

Lula que defendia em 1998 melhores salários para aposentados hoje tem outro discurso
Lula que defendia em 1998 melhores salários para aposentados hoje tem outro discurso

Em meio à controvérsia sobre o reajuste das pensões e aposentadorias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (22) que vai decidir pelo índice que couber no orçamento da Previdência Social. O presidente evitou entrar na polêmica sobre os percentuais que variam de 6,14%, que foi a proposta inicial, 7% ou 7,7% defendidos por integrantes da base governista. Para ele, o valor deve considerar “o custo benefício”.

“No silêncio da minha mesa vou tomar a decisão que deve ser tomada. Até porque não acredito que dentro do Congresso Nacional tenha qualquer deputado ou senador que defenda mais aposentado do que eu”, disse o presidente durante o almoço oferecido ao presidente do Líbano, Michel Sleiman, no Itamaraty.

Lula convocou para hoje à noite uma reunião com os ministros da área econômica para discutir exclusivamente a questão do reajuste. Segundo ele, não há a intenção de “enquadrar” a equipe, mas debater alternativas. “Ao presidente da República não cabe ficar dando palpite e dizendo o que deve votar. A proposta do governo estava acordada com as centrais sindicais”, disse ele.

Na manhã de hoje, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, insistiu que o governo deverá conceder o reajuste de 6,14%. No entanto, Lula evitou confirmar o percentual. Mas desafiou os parlamentares sobre quem deseja conceder o melhor índice para os aposentados e pensionistas no país.

“O que eu quero é o bem do aposentado olhando o seguinte: eu, ao colocar comida no prato das pessoas, tenho de saber a quantidade de comida que tem na panela. É uma questão de custo e benefício. Eu tenho de saber se o que foi aprovado é possível a Previdência custear”, afirmou.

Paulo Bernardo se queixou de setores da base aliada do governo que propuseram aumentos que variam de 7% e 7,7%. Segundo ele, o impasse não contribui para a concessão do reajuste. “Fica parecendo um campeonato para ver quem dá mais e quem vai ser mais bonzinho com os aposentados”, reagiu o ministro. “Isso não leva a nada”, completou.

Por: Agência Brasil






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