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Projeto capacita moradores de comunidade para atuar na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016

Alunos do projeto Cidadão Olímpico durante aula no Jardim Batan - Foto: Lucíola Villela" title="Alunos do projeto Cidadão Olímpico durante aula no Jardim Batan - Foto: Lucíola Villela
Alunos do projeto Cidadão Olímpico durante aula no Jardim Batan - Foto: Lucíola Villela" title="Alunos do projeto Cidadão Olímpico durante aula no Jardim Batan - Foto: Lucíola Villela

Aquela segunda-feira começou cedo para 32 alunos do Projeto Cidadão Olímpico, que vai capacitar os moradores do Jardim Batan, em Realengo, para inseri-los no mercado de trabalho voltado para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. A primeira aula no ônibus, que fica estacionado na entrada da comunidade, começou às 7h e estava lotada. Segundo a Secretaria de Trabalho e Renda, 192 moradores se inscreveram no projeto, que tem duração de quatro meses e oferece aulas de inglês voltado para turistas e informática básica.

Uma das alunas mais atentas ao que dizia, Maria Aparecida Pereira de Azeredo tem 38 anos, trabalha como telefonista em um hotel durante a madrugada e segue direto para o curso.

– Tenho experiência no ramo, mas o meu objetivo é melhorar para buscar um cargo melhor, com um salário mais alto. Quero trabalhar no atendimento em um hotel da Zona Sul durante a Copa do Mundo – explica ela, que é casada e tem dois filhos.

Maria Aparecida chega ao trabalho, em Del Castilho, às 19h. Ela sai às 7h e segue direto para o curso, mas já sabe que muitas vezes vai chegar atrasada. Depois do curso, que só termina às 12h, ela passa em casa, fica um pouco com os filhos, descansa e volta para trabalhar. As amigas dizem que não entendem como ela consegue fazer tanta coisa. Maria garante que não vai desistir e já está planejando até entrar em um outro curso que está sendo oferecido na comunidade pelo Cetep.

– Quero melhorar profissionalmente. Temos que aproveitar as oportunidades que estão aparecendo agora no Batan – garante.

Sentado ao lado dela, Thiago da Silva Veríssimo, de 20 anos, vive um outro momento. Ele está desempregado, não tem dinheiro para estudar e olha o curso como uma chance de entrar no mercado de trabalho.

– Entrei no curso para usufruir do que ele me oferece, aprendizado e uma oportunidade de entrar no mercado de trabalho – garante ele, que mora com a mãe e o irmão na comunidade do Batan.

O curso é um sucesso na comunidade, mas a secretaria ainda não sabe quando vai conseguir abrir novas vagas. Enquanto a aula acontecia dentro do ônibus, um funcionário atendia moradores interessados em aprender. Foram dezenas de pessoas que procuraram o ônibus para saber como poderiam fazer as inscrições.

Professora de informática do curso, Tatiana Batista Silva mora em Bangu. Com cursos técnicos no currículo, ela disse que sempre preferiu ensinar dentro das comunidades porque se identifica mais com os alunos. No curso eles vão aprender noções de Word, Excell, Power Point e navegação na internet.

– É legal participar da formação dos funcionários que vão trabalhar na Copa do Mundo e nas Olimpíadas atendendo aos turistas. Quero deixar todos bem preparados – disse a professora.

Os alunos ganharam material didático, com apostila, dicionário inglês/português e CD Rom com atividades interativas. O curso prevê ainda um certificado para quem tiver frequência mínima de 80% e permite aos alunos que eles estudem em casa ou em lan house.






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