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Prefeituras no Rio de Janeiro podem estar aderidas em suposto esquema de corrupção de policiais



A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) foi lacrada no Rio de Janeiro
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) foi lacrada no Rio de Janeiro

Mais um capítulo da devassa na Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, desta vez o próprio corregedor interno da Polícia Civil, Gilson Emiliano Soares, informou nesta segunda-feira (14/02) que, Allan Turnowski, chefe de Polícia Civil, obteve acusações em que policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) compartilharam de métodos ilícitos com empresários e  também com prefeituras. Os policiais teriam arquivado inquéritos, recebendo alguma coisa por esse ato.

Por causa desse fato a delegacia foi lacrada na tarde deste domingo (13/02). A Draco foi quem deu início em algumas investigações que culminou na “Operação Guilhotina” que prendeu inclusive o delegado Carlos Antônio Luiz Oliveira – ex-braço direito de Turnowski.

O corregedor não citou quais prefeituras estariam envolvidas no esquema. De acordo com o corregedor, os órgãos municipais eram abordados pela violação da lei de licitação.

“Essas prefeituras estariam sendo pressionadas de forma dissimulada a fazer isso ou aquilo” – disse o corregedor.

O corregedor informou ainda que nesta segunda-feira serão apreendidos computadores, pen drives e registros de ocorrências da delegacia.

O chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, afirmou, também na manhã desta segunda-feira, que toda a ação da corregedoria na Draco foi autorizada pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. Turnowski ressaltou que vai se pronunciar a tarde explicando toda a ação da corregedoria e o fechamento da Draco.

O chefe da Draco, Claudio Ferraz, também já chegou ao local. Ele disse apenas que as denúncias não foram uma surpresa e que ele já tinha informações sobre elas há alguns meses através da imprensa. Na quinta-feira, Ferraz foi nomeado pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, subsecretário da Contra Inteligência. Na mesma ocasião, Beltrame determinou que a Draco voltasse a ficar sob o comando direto da Secretaria de Segurança, saindo assim da estrutura hierárquica da Polícia Civil. O GLOBO tentou ouvir Beltrame sobre a iniciativa de Turnowski, mas, segundo a assessoria de imprensa, o secretário só falará nesta segunda-feira a respeito do caso. Beltrame, segundo sua assessoria, iria a Brasília, mas mudou a agenda para acompanhar o desfecho do episódio. Ainda de acordo com a assessoria, ele preferiu não responder se a iniciativa de Turnowski seria uma represália à equipe da Draco.







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