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Corpo de Alencar será cremado nesta quinta-feira em Belo Horizonte


Corpo de José Alencar recebe visitação em Brasília
Corpo de José Alencar recebe visitação em Brasília

A assessoria do ex-vice-presidente José Alencar confirmou que o corpo do político será cremado nesta quinta-feira, às 14h, em Belo Horizonte. A presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiveram presentes no Palácio do Planalto, onde estava sendo realizado o velório. Logo que chegaram ao Salão Nobre do Palácio do Planalto, Dilma e Lula cumprimentaram a viúva de Alencar, dona Mariza, e o filho, Josué. Em seguida, o ex-presidente se aproximou do caixão e não conseguiu conter as lágrimas. Ele beijou a testa de Alencar. Dilma também se aproximou do caixão.

O velório em Brasília teve início na manhã desta quarta-feira (30/03) o velório do Ex-vice-Presidente da República José de Alencar. A visitação pública foi até as 23h00 e na manhã desta quinta-feira (31/03) o corpo deixará Brasília, para ser levado a Belo Horizonte onde também receberá homenagens pelo governo de Minas Gerais e para visitação no palácio do Governo.

Na Base Aérea, ocorreu uma cerimônia de honras militares com a presença do presidente em exercício, Michel Temer, e dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e do Senado, José Sarney.

Depois da cerimônia, o corpo foi levado por um caminhão do Corpo de Bombeiros até o Palácio do Planalto, em cortejo fúnebre que passou pelo Eixão e depois pelo Eixo Monumental, ganhando a Praça dos Três Poderes.

Ao chegar ao Planalto, o caixão foi conduzido pelos Dragões da Independência pela rampa até o Salão Nobre, que fica no primeiro andar do palácio. A visitação pública deve começou às 10h.

A segurança do planalto organizou fila para que as pessoas possam subir a rampa e circundar o caixão do ex-vice-presidente. Haverá ainda um local reservado para autoridades e parentes de Alencar.

O Planalto também estima a chegada da presidenta Dilma Rousseff para o início da noite. Ela deverá retornar de sua viagem a Portugal junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Todos os ministros de Estado cancelaram os compromissos previstos para amanhã, diante da convocação de todos para as 9h, feita pela presidenta Dilma, ao saber da notícia da morte de Alencar.

Ex-Vice-Presidente José Alencar morre em São Paulo depois de uma longa batalha contra o câncer

Morre em São Paulo no Sírio Libanês o ex-presidente José Alencar
Morre em São Paulo no Sírio Libanês o ex-presidente José Alencar

José Alencar Gomes da Silva, ou simplesmente José Alencar, morreu nesta terça-feira (29/03) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O ex-vice-presidente da República que com seus 79 anos deu o exemplo de luta e fé durante mais de uma década de batalha contra o câncer. Alencar tinha sido internado na tarde de segunda-feira às pressas, com o quadro de obstrução intestinal.

Nascido em Muriaé na Zona da Mata mineira em 17 de outubro de 1931 foi um dos empresários e políticos brasileiros de maior expressão nos últimos anos.

Foi senador pelo estado de Minas Gerais e vice-presidente do Brasil de 1 de janeiro de 2003 a 1 de janeiro de 2011.

Lula chorou ao saber da morte do amigo Alencar
Lula chorou ao saber da morte do amigo Alencar

Foi um dos maiores empresários do estado de Minas Gerais, construiu um império no ramo têxtil, sendo a Coteminas sua principal empresa. Elegeu-se vice-presidente da República do Brasil na chapa do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, conseguindo a reeleição em 2006, assegurando, portanto, a permanência no cargo até o final de 2010.

Nascimento e vida
Filho de Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva, começou a trabalhar com sete anos de idade, ajudando o pai em sua loja. Tinha 14 irmãos e irmãs. Quando fez quinze anos, em 1946, foi trabalhar como balconista numa loja de tecidos conhecida por “A Sedutora”. Em maio de 1948, mudou-se para Caratinga, para trabalhar na “Casa Bonfim”. Notabilizou-se como grande vendedor, tanto neste último emprego, quanto no anterior. Ainda durante sua infância, entrou para o movimento escotista.

Carreira profissional e empresarial
Aos dezoito anos, iniciou seu próprio negócio. Para isto contou com a ajuda do irmão Geraldo Gomes da Silva, que lhe emprestou quinze mil cruzeiros. Em 31 de março de 1950, abriu a sua primeira empresa, denominada “A Queimadeira”, localizada na cidade de Caratinga. Vendia diversos artigos: chapéus, calçados, tecidos, guarda-chuvas, sombrinhas, etc. Manteve sua loja até 1953, quando decidiu vendê-la e mudar de ramo.

Iniciou seu segundo negócio na área de cereais por atacado, ainda em Caratinga. Logo em seguida participou – em sociedade com José Carlos de Oliveira, Wantuil Teixeira de Paula e seu irmão Antônio Gomes da Silva Filho – de uma fábrica de macarrão, a “Fábrica de Macarrão Santa Cruz”.

No final de 1959 seu irmão Geraldo faleceu. Assumiu então os negócios deixados por ele na empresa União dos Cometas. Em homenagem ao irmão, a razão social foi alterada para Geraldo Gomes da Silva, Tecidos S.A.

Em 1963, constituiu a Companhia Industrial de Roupas União dos Cometas, que mais tarde passaria a se chamar Wembley Roupas S.A. Em 1967, em parceria com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, fundou, em Montes Claros, a Companhia de Tecidos Norte de Minas, Coteminas. Em 1975, inaugurava a mais moderna fábrica de fiação e tecidos que o país já conheceu.

A Coteminas cresceu e hoje são onze unidades que fabricam e distribuem os produtos: fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis para o mercado interno, para os Estados Unidos, Europa e Mercosul.

Carreira Política

Na vida política, foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, presidente da FIEMG (SESI, SENAI, IEL, CASFAM) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria. Candidatou-se às eleições para o governo de Minas Gerais em 1994 e, em 1998, disputou uma vaga no Senado Federal, elegendo-se com quase três milhões de votos. No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infra-Estrutura – CI, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.

Foi, ao início, um vice-presidente polêmico, ao assumir o cargo em 2003, tendo sido uma voz discordante dentro do governo contra a política econômica defendida pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que mantém os juros altos na tentativa de conter a inflação e manter a economia sob controle.

Já a partir de 2004, passou a acumular a vice-presidência com o cargo de ministro da Defesa. Por diversas oportunidades, demonstrou-se reticente quanto à sua permanência em um cargo tão distinto de seus conhecimentos empresariais, mas a pedidos do presidente Lula, exerceu a função até março de 2006. Nesta ocasião, renunciou para cumprir as determinações legais com o intuito de poder participar das eleições de 2006. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.

Em 25 de janeiro de 2011, recebeu a medalha 25 de janeiro da prefeitura de São Paulo[3]. Ao entregar a medalha ao ex-vice-presidente, a presidente Dilma Rousseff ressaltou: “Eu tenho certeza de que cada brasileira e brasileiro deste imenso país gostaria de estar agora em São Paulo – esta cidade-síntese do espírito empreendedor do país que completa hoje 457 anos de existência – para entregar junto conosco a Medalha 25 de Janeiro ao nosso eterno vice-presidente da República, José Alencar.” Já, Alencar disse: “Não posso me queixar. A situação está tão boa que não tem como melhorar, todo mundo está rezando por mim”. Apesar de estar em uma cadeira de rodas, ele ainda até brincou com o público dizendo: “Aprendi com Lula que os discursos devem ser como um vestido de mulher: nem tão curtos que possam escandalizar, nem tão longos que possam entristecer”.

Problema de Saúde e morte

José Alencar possuia um delicado histórico médico. A partir do ano 2000, enfrentou um câncer na região abdominal, tendo passado por mais de 15 cirurgias – uma delas com duração superior a 20 horas. Em sua longa batalha contra o câncer, submeteu-se a um tratamento experimental nos Estados Unidos, com resultado inconclusivo. Em 2010, após repetidas internações e intervenções médicas, decidiu desistir de se candidatar ao Senado, por considerar uma injustiça com os eleitores.

Alencar lutou mais de uma década contra o câncer
Alencar lutou mais de uma década contra o câncer

No final de seu mandato como vice-presidente da república, em 2010, apresentou o complexo estado de saúde, passando por um momento dificíl, sendo até mesmo necessário o interrompimento do tratamento contra o câncer. No dia 22 de dezembro de 2010, foi submetido a uma cirurgia para tentar conter uma hemorragia no abdômen. No dia seguinte Lula e a então presidente eleita Dilma Rousseff visitaram-no no hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Voltou a ser internado em março de 2011, vindo a morrer nesta terça-feira (29/03) devido a uma parada cardíaca em decorrência à falência múltipla dos órgãos.







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