Main Menu

Único hospital de Bom Jesus do Itabapoana no estado do Rio de Janeiro pode fechar por causa da Dengue



População fez manifestação em Bom Jesus do Itabapoana pelo Hospital da cidade
População fez manifestação em Bom Jesus do Itabapoana pelo Hospital da cidade

Em meio a uma epidemia de dengue, o único hospital de Bom Jesus de Itabapoana, ameaça fechar as portas. Com capacidade para 132 leitos, o São Vicente de Paulo – que é filantrópico – atende a cinco cidades vizinhas e acumula uma dívida de R$ 18 milhões. A falta de materiais e a má conservação dos equipamentos preocupam o médico nefrologista da unidade Dr. José Roberto Ribeiro.

“Toda a estrutura hospitalar está comprometida. As máquinas de hemodiálise não funcionam. A UTI está em péssimas condições, com monitores de sinais vitais e respiradores sem manutenção. Venho transferindo meus pacientes nas últimas duas semanas por absoluta falta de estrutura”, relatou o médico.

Não apenas o atendimento está precário. Funcionários relatam ainda que os salários de fevereiro deste ano ainda não foram pagos.

De acordo com a direção do São Vicente de Paulo, o hospital é mantido pelo Centro Popular Pró-Melhoramentos de Bom Jesus, entidade sem fins lucrativos, criada na década de 1920, que nomeia os administradores. A entidade mantém convênio com o SUS e com outras operadoras de planos de saúde.

A crise financeira na instituição teria se agravado nos últimos anos. Com uma receita mensal de R$ 800 mil, o hospital tem gastos de R$ 1,1 milhão, o que impede um ajuste de contas. O repasse do SUS gira em torno de R$ 500 mil, de acordo com a administração do São Vicente. A dívida estaria sendo paga por meio de um financiamento de R$ 330 mil mensais.

“Estamos tentando negociar esse valor com o banco. Nossa intenção é aumentar o prazo do financiamento para reduzir as prestações. Mas também precisamos da ajuda do Estado e de outros órgãos para não fechar as portas”, destacou o presidente do hospital, Adeildo Rezende.

Para atender as vítimas da dengue, uma ala do hospital foi cedida à Secretaria estadual de Saúde, que fornece profissionais e insumos.

Adeildo afirma que precisará demitir alguns funcionários para reduzir gastos. Para evitar cortes, a direção do hospital realizou audiências com o Governo do Estado e outros órgãos, como a Faperj, a fim de levantar recursos, mas, até o momento, não recebeu retorno de nenhum deles.

Colaboração de José Roberto Ribeiro







Comments are Closed