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Temporal atinge o Rio e impede milhares de pessoas de voltar para casa


Chuva forte causa transtorno no Rio de Janeiro
Chuva forte causa transtorno no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro parou no final da noite desta segunda-feira (25/04) por causa de um temporal que se concentrou na região da Tijuca, na zona norte, e complicou o trânsito. De acordo com o Centro de Operações da prefeitura, o índice pluviométrico ultrapassou os 200 milímetros em apenas três horas, ou seja, choveu somente nesse período mais do que o volume médio previsto para 40 dias.

Às 21h30, o município entrou em estágio de alerta, o terceiro em uma escala de quatro estágios que se caracteriza por chuva forte, podendo provocar alagamentos e deslizamentos isolados. A prefeitura instalou um sistema de sirene em 20 comunidades do Rio e acionou o alarme em dez. A finalidade é alertar a população para o perigo de deslizamentos de terra nas áreas de risco da Grande Tijuca.

Com o volume d’água, os rios Maracanã, Trapicheiros e Joana transbordaram e a Praça da Bandeira, uma das principais ligações com o centro e os bairros das zonas norte e oeste da cidade, ficou intransitável, sem dar passagem para ônibus e carros de passeio. Essa situação permaneceu por mais de nove horas.

Carros foram arrastados pelas águas
Carros foram arrastados pelas águas

A chuva começou com maior intensidade pouco depois das 20h e com o alagamento da Praça da Bandeira, atingiu também o bairro do Maracanã, onde milhares de alunos do turno da noite da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Universidade Veiga de Almeida (UVA) não puderam voltar para casa.

Uma queda de barreira na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá obrigou a prefeitura a fechar a estrada nos dois sentidos.

Funcionários do Instituto de Geotécnica do município (Geo-Rio) estão fazendo um levantamento dos estragos e a estrada fica fechada agora de manhã.

A Avenida Brasil, outra região de ligação do centro com as zonas norte e oeste, ficou com bolsões de água no bairro do Caju, na zona portuária, e em Manguinhos, na zona norte, sem dar passagem para veículos.

Usuários saíram dos ônibus para se proteção no teto do veículo
Usuários saíram dos ônibus para se proteção no teto do veículo

O prefeito Eduardo Paes acompanhou de perto a situação no Centro de Operações Rio. Ele disse que na região da Praça da Bandeira terão de ser realizadas “obras grandiosas nos rios Maracanã e Joana para acabar definitivamente com o problema das enchentes na região”.

Paes disse ainda que serão necessários investimentos de R$ 400 milhões para acabar com as enchentes na Bacia dos dois rios. Parte desses recursos – no valor de R$ 200 milhões – seria liberada pelo governo federal dentro do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC-2).

De acordo com a prefeitura, ocorreram quatro deslizamentos de terra na cidade, sem vítimas. Um homem morreu afogado na Rua Sotero dos Reis, na Praça da Bandeira, em consequência do transbordamento do Rio Joana.

Outros bairros da zona norte também foram afetados, com trasbordamentos de rios e canais, mas sem maiores transtornos para a cidade.

Rio volta a decretar estado de atenção por causa da chuva

A prefeitura do Rio de Janeiro informou na manhã desta terça-feira (26/04) que a cidade voltou ao estado de atenção – o segundo estágio uma escala de quatro – com previsão de chuva fraca a moderada durante o dia, depois que um temporal atingiu a capital na noite de ontem (25/04) e madrugada desta terça-feira (26/04). A chuva forte provocou alagamentos e deslizamentos.

De acordo com o Centro de Operações Rio, nas últimas 24 horas choveu 275,8 milímetros, mais do que o previsto para todo o mês de abril. Na Grande Tijuca, na região de Muda, o pico da chuva, na madrugada, foi o terceiro maior desde a criação do sistema de medição, em 1997. Segundo os dados, choveu quase 100 milímetros em uma hora, mais do que o registrado em abril do ano passado.

Devido à intensidade do temporal, sirenes de alerta foram ligadas em 11 comunidades da Grande Tijuca, que estava em situação de alto risco. Com o alarme, as pessoas tiveram que deixar suas casas e se proteger em abrigos pré-definidos pela Defesa Civil. Foram registrados deslizamentos em quatro comunidades da Grande Tijuca, mas todos sem vítimas.

O esquema foi acionado no Borel, em Formiga, no Chacrinha, na Matinha, em Cotia, Encontro, Santa Terezinha, Dona Francisca, no Morro dos Macacos, Morro da Liberdade e em Cachoeira Grande.

Segundo boletim emitido no final da noite de ontem, a Grande Tijuca registrou precipitação de cerca de 200 milímetros, mais que o volume médio previsto para 40 dias. Ficaram alagados importantes acessos à zona norte como a Avenida Francisco Bicalho, Avenida Radial Oeste, Boulevard 28 de Setembro, além de trechos da Rua São Francisco Xavier e da Avenida de Maracanã.

Um homem morreu afogado na Praça da Bandeira, na zona norte, com o transbordamento do Rio Maracanã. Ele chegou a ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros e foi levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiu.

Durante a madrugada, a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, entre a zona norte e a zona oeste, precisou ser interditada por causa do rolamento de uma pedra de 300 metros cúbicos – o tamanho de um caminhão – , na altura do Morro da Árvore Seca. Não houve vítimas no local e a Guarda Municipal orienta os motoristas, enquanto equipes da prefeitura estudam como desobstruir a via.

Na Avenida Brasil, a principal ligação entre o centro e a zona oeste, bolsões de alagamento atrapalham o trânsito, que segue com retenções em vários pontos.

O Aeroporto Antônio Carlos Jobim/ Galeão opera com ajuda de instrumentos, na Ilha do Governador, e o Aeroporto Santos Dumont funciona normalmente.

O sistema de barcas entre o Rio e Niterói funciona sem problemas. O sistema de trens da Super Via, que chegou a ter o fluxo interrompido em algumas estações por causa de alagamentos, já atende passageiros normalmente. O metrô não registrou interrupções por causa da chuva.






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