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CPI investiga compra de terreno pela CBF no Rio de Janeiro


Deputado Paulo Ramos (PDT) está querendo rigor na investigação da CPI
Deputado Paulo Ramos (PDT) está querendo rigor na investigação da CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) criada para investigar denúncias contra o 9º Cartório de Registro Geral de Imóveis, relativas às inscrições de matrículas, escriturações e anotações de imóveis situados na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes, decidiu, nesta quarta-feira (18/05), convidar o vice-presidente jurídico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Carlos Eugênio Lopes, para depor sobre a titularidade da área adquirida pela entidade na Barra da Tijuca. “A CBF é uma instituição importante e estamos preocupados com a contestação sobre a titularidade da área. Queremos ter todas as garantias de que o terreno foi vendido pelo verdadeiro titular, principalmente porque, com a CBF, temos ainda o envolvimento de recursos públicos. É preciso cuidado”, ressaltou o presidente da CPI, deputado Paulo Ramos (PDT). O representante da CBF deve ser ouvido na próxima quarta-feira (25/05), às 10h.

Na reunião desta quarta, a comissão ouviu o titular do 24º Ofício de Notas, José Mário Pinheiro Pinto. Segundo ele, o cuidado tomado com o registro de notas em relação à Barra da Tijuca tem sido redobrado. “Faço tudo com tranquilidade e buscando segurança jurídica, mas quando chega algo da Barra fico cheio de cuidados, porque todos estão sujeitos à fraudes”, frisou. Para o presidente do colegiado, o 9º Ofício fez registros definitivos de imóveis, após a falência do Banco de Crédito Móvel, sem a comprovação de promessas de compra e venda, como havia sido exigido, na época, pela Justiça. “Através de uma decisão judicial, dois representantes do banco conseguiram uma procuração para, isoladamente, assinarem escrituras definitivas quando houvesse registro de compra e venda anterior ao ano de 1964, quando ocorreu a falência do banco. No entanto, o definitivo foi feito de qualquer jeito”, afirmou Paulo Ramos.

Segundo o deputado, os procuradores Pasquale Mauro e Holofernes de Castro, já falecido, acabaram registrando as terras um em nome do outro. “Tudo indica que tenha sido formado um grupo para assumir a titularidade de várias áreas em detrimento dos verdadeiros posseiros, da real cadeia sucessória, porque as escrituras definitivas em favor do Pasquale Mauro foram assinadas por Holoferne de Castro, e vice-versa”, frisou. Ramos destacou que a CPI busca sempre proteger o adquirente de boa fé, pessoas que compraram apartamentos, casas e lotes, em vez de vastas extensões de terras, com interesses questionáveis. Durante a reunião também estiveram presentes os deputados André Corrêa (PPS), Marcus Vinícius (PTB), André Ceciliano (PT) e Edson Albertassi (PMDB).

Por: Marcela Maciel







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