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Perícia não encontra sinais de enforcamento no corpo de empresário morto em motel de Niterói


Verônica Verone de Paiva está presa em Bangu; prisão temporária vence na próxima sexta-feira
Verônica Verone de Paiva está presa em Bangu; prisão temporária vence na próxima sexta-feira

A delegada Juliana Rattes, da Delegacia de Icaraí (77ª DP), responsável pelas investigações, disse que o exame da perícia no local, divulgado na noite desta quarta-feira (18/05), constatou que não há marcas de estrangulamento no pescoço do empresário.

– Não tem sinal externo de estrangulamento. O perito não encontrou marcas do cinto que Verônica disse ter usado para matá-lo. Vamos aguardar o exame cadavérico para conferir os sinais internos do enforcamento.

A perícia no motel de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde o empresário Fábio Gabriel Rodrigues, 33 anos, foi encontrado morto no último sábado (14) revelou que não há sinais de enforcamento no corpo da vítima. A estudante Verônica Verone de Paiva, 18, confessou que teria matado Rodrigues ao enforcá-lo com um cinto, mas alegou que agiu em legítima defesa depois de uma tentativa de estupro.

Juliana não quis revelar muitos detalhes do laudo pericial. No entanto, ela disse que o exame trouxe novidades e deve abrir novas linhas de investigação. A hipótese da terceira pessoa envolvida no crime ainda não foi descartada, informou a delegada.

– Ainda não descartamos a participação de uma terceira pessoa, mas não temos elementos que comprovem [a participação]. O laudo traz alguns pontos importantes sobre o crime que não podem ser revelados para não atrapalhar a investigação.

Além do exame cadavérico, que deve revelar a causa da morte do empresário, a Polícia Civil aguarda o resultado do laudo de toxicologia, que deve indicar se Rodrigues consumiu ou não drogas na noite do crime.

A polícia deve pedir a renovação da prisão temporária da jovem até sexta-feira (20), já que ela vai participar da reconstituição do crime no sábado (21). Verônica está presa no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro.

Contradições

A mãe de Verônica, Elisabeth Verone, depôs nesta quarta-feira (18) na 77ª DP, onde chegou usando uma máscara cirúrgica. De acordo com a delegada, o depoimento de Elisabeth entrou em contradição com as informações da filha, que disse que Fábio teria morado na casa dela depois da última separação.

Contrariando a versão da jovem, Elisabeth disse que o empresário fazia visitas esporádicas à casa da família e que eles se encontravam com mais frequencia em outros lugares, informou a polícia.

Elisabeth confirmou que desde o último Natal Verônica e Fábio mantinham um namoro e que um frequentava a casa do outro. Ela disse também que a filha faltou à aula para ficar com Fábio na noite da última sexta-feira, mas que a mãe não sabia.

Segundo a polícia, a mãe disse que ela e outros familiares desconheciam a informação de que a estudante teria sofrido uma tentativa de estupro na infância conforme informou o advogado da jovem, Rodolfo Thompson.

A versão foi confirmada pela delegada Juliana Rattes, que contou que Verônica disse em depoimento que a atitude de Fábio de tentar tirar a sua roupa fez com que ela se lembrasse do pai, que fez o mesmo quando ela tinha entre sete e oito anos.

Com informações do R7







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