Entrevista de Palocci na TV não convence oposição

A entrevista do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, concedida nesta sexta-feira ao Jornal Nacional, não convenceu os parlamentares da oposição. Na avaliação dos senadores e deputados do PSDB, o súbito crescimento do patrimônio de Palocci exige explicações “mais consistentes” e “detalhadas”. “A crise se prolonga e é preciso um paradeiro. Sem explicações convincentes a crise não termina. O governo contaminado perde muito”, disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias. De acordo com o senador, O ministro tem que ir ao Congresso responder a perguntas “incômodas” sem acertos “prévios” com o Palácio do Planalto.
Na próxima quarta-feira, o senador pretende colocar em votação a convocação do ministro na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal (CCJ). O objetivo é ter mais explicações sobre os caminhos usados por Palocci para multiplicar por 20 o seu patrimônio. “Podemos usar a entrevista dele como peça de acusação, nunca de defesa”,disse.
Na Câmara Federal, os deputados também pretendem aumentar a mobilização para ouvir Palocci na Comissão de Agricultura. Na última quarta-feira, a oposição conseguiu aprovar um requerimento de autoria do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) convocando o braço-direito da presidente Dilma Roussef.
“Ele falou e não disse absolutamente nada. E o melhor para o Brasil é o seu afastamento”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP).
O deputado Otavio Leite (RJ) também defende a revelação dos que pagaram pelos serviços do petista. “Essas coincidências quanto à facilidade que essas empresas tiveram no governo é um indício severo de suspeitas graves”, avaliou.
Para o deputado Vaz de Lima (SP), as explicações não convenceram. “O ministro saiu da entrevista pior do que entrou e deve as explicações necessárias”, disse. Luiz Fernando Machado (SP) acrescenta que a falta de esclarecimento traz instabilidade ao Congresso. “As perguntas ainda estão sem resposta.”
Antes de assumir a Casa Civil, Palocci adquiriu dois apartamentos em São Paulo no valor total de R$ 7,5 milhões, aproximadamente. Mas em 2006, o ministro declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio estimado em R$ 375 mil.
Fonte: Agência Tucana com Agência da Liderança do PSDB no Senado Federal e Diário Tucano
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