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Um dia após a ocupação da comunidade, expectativa agora é pela inauguração da UPP na Mangueira


Ramires Miranda, moradora da Mangueira com as crianças da Comunidade que agora podem brincar livres - Foto: Marcelo Horn
Ramires Miranda, moradora da Mangueira com as crianças da Comunidade que agora podem brincar livres - Foto: Marcelo Horn

Depois da operação que marcou o início do processo de instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro, na Mangueira, Zona Norte da cidade, o clima na comunidade é de tranquilidade e esperança. No primeiro dia de paz, os cerca de 21 mil moradores da Mangueira e morros vizinhos esperam ansiosos pela próxima etapa da pacificação, com a inauguração da sede da UPP em até 60 dias: o resgate de seus direitos como cidadãos.

Além da paz, os moradores da comunidade serão beneficiados aos poucos com ações nas áreas de saúde, economia, cultura, educação, lazer e infraestrutura, que serão realizadas pelo Governo do Estado em parceria com a Prefeitura do Rio e empresas privadas. As amigas Ramires Silva, Taina Santos e Raysa Miranda já fazem planos para um futuro sem violência: querem aproveitar a segurança e as melhorias para garantir uma vida digna.

– Está tudo ótimo aqui na comunidade depois da ocupação. Aconteceu tudo de forma tranquila. A nossa expectativa é de um futuro maravilhoso. Queremos estudar mais e dar aos nossos filhos uma vida melhor. A minha filha Layenne Victória, de 8 meses, colherá os frutos e isso me deixa muito feliz. Hoje é o início de uma nova história para todos nós – disse a dona de casa Raysa Miranda.

Moradores da Tijuca comemoram o cinturão de segurança

Com a nova unidade, foi fechado o cinturão de segurança do Complexo da Tijuca, que conta com as UPPs do Borel, Formiga, Andaraí, Salgueiro, Turano, Macacos e São João. As unidades trouxeram tranquilidade aos cerca de 550 mil moradores do bairro, como Marcelo Reis e Carla Dutra, que comemoram o reforço no policiamento. O casal costuma caminhar no Maracanã, futuro palco da Copa do Mundo de 2014 e vizinho à Mangueira, e já sente a diferença.

– Nos sentimos mais seguros para transitar em todo o bairro. Moramos perto do Maracanã e estamos sempre fazendo nossa caminhada diária. Agora, estamos muito mais tranquilos, já que todas as comunidades da Tijuca, onde moro há 11 anos, estão pacificadas. No dia da ocupação da Mangueira, não ouvimos um tiro, só barulhos de helicópteros. Tudo aconteceu sem que tivéssemos percebido e isso é um ótimo começo – afirmou Marcelo.

Os números da pacificação na Mangueira

Os principais acessos à comunidade permanecem ocupados por homens das polícias Civil e Militar. No domingo (19/6), cerca de 400 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque, Companhia de Cães, Grupamento Aéreo e 14º BPM (São Cristóvão) ocuparam a Mangueira e os morros dos Telégrafos, do Parque Candelária e do Tuiuti. A ação resultou na prisão de três pessoas, na apreensão de drogas e armas e na recuperação de veículos.

Durante a operação, também foram apreendidos 35 quilos de maconha, 300 trouxinhas e oito tabletes da mesma droga, 2.504 papelotes de cocaína, 1.374 pedras e um tablete de crack, além de três cheirinhos da loló. As equipes encontraram ainda um fuzil com numeração raspada, uma pistola 9 mm e dois carregadores de pistola. Ao todo, 32 veículos foram recuperados, sendo 20 motos e 12 carros.

Redução da criminalidade na região

Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), a Área Integrada de Segurança Pública (AISP) 6 registrou queda em vários delitos nos bairros da Tijuca, Praça da Bandeira, Alto da Boa Vista, Maracanã, Vila Isabel, Andaraí e Grajaú em abril deste ano em comparação ao mesmo período em 2010. Os destaques foram para a redução de assaltos a transeuntes e roubo de veículos. Em relação ao registro de assaltos a transeuntes, houve diminuição de 254 casos para 155, ao roubo de veículos, de 72 casos a 28. No total, foram registrados 455 roubos no ano passado, enquanto que este ano houveram 285 casos. Em relação a homicídio doloso, os números caíram de 2 para 1. Em abril deste ano, não foram registradas vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte) e roubo a bancos. No ano passado, foram registrados um caso de latrocínio e um de roubo a bancos.







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