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Goleiro Bruno acusa juíza na Assembleia de Minas Gerais e deputado pede afastamento da magistrada


Bruno chorou na audiência do caso de extorsão denunciado por sua noiva
Bruno chorou na audiência do caso de extorsão denunciado por sua noiva

O ex-goleiro Bruno, preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, prestou nesta segunda-feira (28/06) um depoimento na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e confirmou denúncias feitas previamente por sua noiva, Ingrid Calheiros de Oliveira. Segundo essas denúncias, o advogado Robson Pinheiro e a juíza da Comarca de Esmeraldas, Maria José Starling, pediram R$ 1,5 milhão para conseguir um habeas corpus para o atleta.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Durval Ângelo (PT), pediu o afastamento da juíza Maria José Starling, suspeita de tentar extorquir o goleiro Bruno Fernandes, acusado da morte da ex-amante Eliza Samudio, para tirá-lo da prisão. Segundo Ângelo, Maria José deve ficar afastada até o término das investigações. Nesta terça-feira (28), o goleiro participa de uma sessão no auditorio da assembleia a pedido dos deputados Durval Ângelo e João Leite (PSDB), para apurar o suposto esquema de extorsão.

O advogado de Bruno, Cláudio Dalledone Júnior também prestou esclarecimentos. Os deputados ouviram a versão dos dois sobre a suposta negociação de habeas corpus em favor do ex-goleiro. A denúncia foi feita pela noiva do Bruno, Ingrid Calheiros Oliveira, no último dia 10 deste mês. Na ocasião, ela informou que a juíza Maria José Starling, o ex-advogado do goleiro, Robson Pinheiro, e um suposto policial identificado apenas com Leandro, estariam envolvidos em uma tentativa de extorsão. Bruno chorou durante a sessão na assembleia e confirmou a versão da noiva aos deputados.

Conforme a denúncia, a juíza Maria José Starling teria pedido R$ 1,5 milhão para tirar o ex-goleiro da cadeia. Ingrid prestou depoimento de cerca de três horas às comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública da Assembleia Legislativa. Ela também participou de oitivas na ouvidoria do Estado e na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Minas Gerais.

Bruno está preso na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o goleiro, na antiga gestão da penitenciária ele não era tratado como os demais presos e, assim, não tinha direito ao banho quente, a conversas com os advogados e a visitas semanais.

A extorsão

A noiva do ex-goleiro contou que foi procurada pela juíza Maria José Starling que indicou o advogado Robson Pinheiro para ajudar na defesa de Bruno. No contato, conseguido com exclusividade pela Record, o advogado se compromete a liberar o ex-goleiro por meio de habeas corpus que seria impetrado nas três instâncias judiciais.

O valor de R$ 1,5 milhão deveria ser pago em dinheiro, de uma única vez, 48 horas depois da soltura de Bruno. Mas Ingrid contou que Pinheiro mudou de ideia e exigiu que o dinheiro fosse pago antecipadamente.

O desaparecimento de Eliza completou um ano no último dia 5. Em junho de 2010, ela teria sido convidada para negociar o reconhecimento da paternidade de seu filho com o ex-goleiro. Apesar de o corpo da modelo nunca ter sido encontrado, a investigação concluiu que Eliza teria sido espancada e asfixiada até a morte.

O ex-goleiro do Flamengo é apontado como o mandante do crime e vai responder por sequestro, cárcere privado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Na época de uma das audiências, a juíza Maria José Starling opinou na imprensa sobre o caso dizendo que Bruno deveria estar solto porque os depoimentos da acusação eram contraditórios. Não é a primeira vez que a magistrada é alvo de denúncias. Só a Comissão de Direitos Humanos já mandou sete pedidos de providências contra ela à corregedoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.









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