Caso Juan: reconstituição do crime foi concluída em Nova Iguaçu
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Na madrugada deste sábado (09/07) na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi concluída a reconstituição do caso que culminou com a morte de Juan Moraes, de 11 anos. Nos trabalhos participaram os sete policiais militares, entre eles os quatro que diretamente estavam envolvido na operação do Batalhão de Mesquita (20º BPM) no dia 20/06, bem como os três outros que auxiliavam a operação.
Ao deixar o local, nem os policiais, nem os advogados dos acusados falaram com a imprensa. A expectativa é que a polícia se pronuncie sobre os resultados da reconstituição ainda neste sábado. Antes do início dos trabalhos no local, o advogado dos policiais suspeitos, Edson Ferreira, informou que seus clientes eram inocentes.
A reconstituição foi dividida em duas partes. Na primeira, que teve início no final da manhã desta sexta-feira (8), também na comunidade Danon, a Polícia Civil do Rio de Janeiro contou com informações prestadas por Wanderson dos Santos de Assis, de 19 anos, amigo de Juan, que participou da reconstituição. Os peritos tiraram fotografias e fizeram marcações para encontrar os posicionamentos dos envolvidos no tiroteio. Segundo o Diretor de Polícia Técnica, delegado Sérgio Henriques, esta etapa foi concluída durante o dia, por causa da luminosidade.
Por volta das 22h desta sexta veio a segunda parte, na qual os sete policiais militares participaram dos trabalhos da perícia no local, dando a sua versão para o que teria ocorrido no último dia 20. A participação dos policiais apenas na segunda parte da reconstituição, e no período da noite, atendeu a um pedido dos advogados de defesa.
Cerca de 60 pessoas participam dos trabalhos, entre testemunhas, representantes do Ministério Público, peritos e policiais.
Enterro sigiloso
O corpo de Juan foi enterrado às 19h30 de quinta-feira (7), no Cemitério Central de Nova Iguaçu, na baixada. O sepultamento contou com forte aparato de segurança. Inicialmente, o enterro estava marcado para as 9h desta sexta-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita.
A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos informou que, por motivos de segurança da família, o enterro do menino foi antecipado. Estiveram presentes a mãe de Juan, Rosinéia Maria Moraes, o pai, Alexandre da Silva Neves, e cerca de vinte pessoas. Os custos do funeral ficaram a cargo da secretaria e a família já voltou para local sigiloso.
Causas da morte
Segundo o diretor do Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil, delegado Sérgio Henriques, não foi possível determinar a causa da morte de Juan. O laudo do exame cadavérico não apontou sinais de fratura ou perfuração por tiro na ossada da criança.
Segundo testemunhas, Juan foi baleado no pescoço. Apesar de a perícia não conseguir determinar a parte do corpo em que o menino teria sido baleado, o fato de não haver fratura pode indicar que Juan tenha mesmo sido ferido no pescoço, uma vez que se trata de uma região com mais músculos e menos ossos.
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