Justiça do Rio de Janeiro nega habeas corpus à babá que torturou criança de dois anos

A desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat negou o pedido de liberdade à babá Leila Vanelli Ferreira durante o plantão judiciário de quinta-feira (13/07). A defesa impetrou habeas corpus em favor da babá que foi presa na terça-feira, dia 12, por força da decisão do juiz Rodrigo José Meano Brito, da 43ª Vara Criminal da Capital. O magistrado decretou a prisão temporária pelo prazo de 30 dias e determinou a expedição de mandado de prisão.
Segundo o juiz, na decisão deferida na última sexta-feira, dia 8, os indícios de autoria e a materialidade estão demonstrados nos autos, através dos depoimentos prestados pelos pais da vítima, em sede policial, bem como pelas fotografias e DVD, acostados no inquérito, revelam que a indiciada agredia uma criança de apenas 02 anos.
Entenda o caso
Na terça-feira (12/07), a babá Leila Vanelli Ferreira, de 33 anos, foi presa por policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV). Leila é suspeita de torturar uma criança de dois anos na casa onde trabalhava, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. A babá ganhava R$ 2.500 por mês. Entre as agressões, ela mordia o pé da vítima e jogava perfume nas partes íntimas da menina antes de colocar a fralda, para provocar assaduras.
Segundo o titular da especializada, o delegado Fábio Corsino, os pais da criança suspeitaram das agressões e instalaram câmeras no apartamento para registrar o comportamento da mulher, confirmando o crime. Leila foi autuada por tortura.
Ainda de acordo com o delegado, com a divulgação das imagens feitas pela família, será possível identificar se houve outras vítimas.
Delegado diz que babá confessou o crime
O delegado titular da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), Fábio Corsino, que prendeu nesta terça-feira (12) uma babá suspeita de torturar uma criança de dois anos, revelou que a mulher confessou o crime.
Segundo o policial, durante o interrogatório a babá, Leila Vanelli Ferreira, de 33 anos, disse que batia na criança para ajudar na educação, mas que não considerava isso como tortura. Ela agredia com queimaduras, tapas e puxões a criança.
– Ela confessou, disse que a criança começava a chorar, mas que ela queria doutrinar, como se fosse a própria filha.
Ele ainda revelou que a babá sabia que existiam câmeras na residência e por isso ela tentava camuflar as agressões e ia para os locais onde tinha certeza de que não seria gravada.
– Ela sabia que na casa tinham câmeras. Por isso procurava locais que não existiam câmeras, como atrás do sofá e no quarto da empregada para cometer as agressões.
O delegado afirmou que a crueldade era tanta que chegou a chocar toda a equipe que trabalhou no caso. Ele aproveitou ainda para fazer um alerta para que os pais tenham cuidado com quem colocam dentro de casa.
– Foi emocionante [a prisão], não só pra mim como delegado, mas para toda equipe que ficou indignada. E isso acontece com crianças e idosos todos os dias. Mas ela vai responder pelo crime de tortura, que vai de dois a oito anos e prisão. E que isso sirva de lição para os pais. Tem que ter cuidado com quem se coloca dentro de casa.
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