Exército testa foguetes balísticos no Campo de Instrução de Formosa
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O Comando do Exército fez nesta quinta-feira (21/07) três lançamentos de foguetes balísticos, com alvos terrestres predeterminados, no Campo de Instrução da Força, no município goiano de Formosa. São artefatos desenvolvidos pelo Exército Brasileiro em conjunto com a Avibras Indústria Aeroespacial. Os foguetes podem atingir alvos até 90 quilômetros de distância. Modelos semelhantes já foram exportados pela empresa à Malásia, rendendo divisas de 219 milhões de euros.
O general Sinclair Meyer, responsável pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, disse que apenas os Estados Unidos criaram modelos de foguetes desse tipo, mas com maior capacidade de alcance, podendo atingir alvos até 300 quilômetros de distância.
Segundo o general, o país já trabalho para ampliar o alcance de seus foguetes, mas, para isso, necessita de recursos a fim de fazer pesquisas e desenvolver novos projetos. Esses artefatos diferem de um míssil, de acordo com Meyer, porque têm trajetória definida a partir do impulso que recebe, já o míssil é guiado e pode ter sua trajetória controlada.
Para o general Visconte Paz, do Departamento de Produtos de Defesa do Comando do Exército a demonstração, que teve as presenças do vice-presidente da República, Michel Temer, e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, foi feita para aproveitar “o tempo de validade do combustível sólido que impulsiona os foguetes e para mostrar às pessoas que têm poder decisório a importância de conhecerem o funcionamento do sistema”. O general disse ainda que a evolução da tecnologia nacional, nesse setor, depende de mais recursos e que a Defesa “está determinada a trabalhar por isso, já que se trata de setor estratégico e que pode também ser um nicho para o país no mercado internacional”.
Para o vice-presidente Michel Temer, a demonstração feita com os foguetes balísticos “é compatível com a situação de crescimento que o Brasil está vivendo”. “Um país que quiser se ombrear com as nações mais desenvolvidas tem que ter instrumentos de defesa tecnicamente muito aperfeiçoados. Este é o desejo das Forças Armadas, do ministro Jobim e de todos nós”, disse, prometendo que será “um advogado da causa por mais investimentos para o desenvolvimento de tecnologia militar”.
O ministro Nelson Jobim declarou que o Exército, junto com a Avibras, “quer continuar desenvolvendo a tecnologia na área militar porque temos um acervo tecnológico que não pode ser perdido”. Ressaltou que os foguetes usados na demonstração de hoje foram feitos a partir de tecnologia exclusivamente brasileira. Segundo o ministro, há interesse mundial na aquisição de equipamentos bélicos fabricados pela Avibrás, que caminha para a tecnologia digital.
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