Entidade do movimento negro protesta em frente ao Grupo Pão de Açúcar contra discriminação racial
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Representantes da Rede de Pré-Vestibulares Comunitários e Educação e Cidadania de Afro-descendentes e Carentes (Educafro), entidade do movimento negro que luta por Justiça, realizaram no final da manhã de nesta sexta-feira (22/07) um ato de protesto contra ações de discriminação racial, em frente ao prédio do escritório central do Grupo Pão de Açúcar.
Com megafones, cartazes e bandeiras, o grupo procurou chamar a atenção do público e pressionar a diretoria do grupo a marcar uma reunião para negociar um meio de coibir esse tipo de discriminação. “Queremos propor um treinamento anti-racista para os funcionários com o objetivo de erradicar os comportamentos preconceituosos”, disse Marcelo Antônio de Jesus, um dos coordenadores do ato.
Segundo ele, a organização analisa cinco casos de maus tratos em estabelecimentos comerciais. Entre os processos está o de duas mulheres – mãe e filha – vítimas de discriminação, no último dia 7, após fazerem compras no Supermercado CompreBem, no bairro de Itaquera, zona leste da cidade.
Quando as clientes já estavam a 100 metros de distância do local, de acordo com Santos, foram abordadas por um segurança. Dizendo-se policial, o homem teria dito a elas que “alguém as viram furtando algo e que seriam suspeitas por serem negras”.
Por meio de nota, o Grupo Pão de Açúcar emitiu a seguinte nota: “O CompreBem repudia qualquer ato discriminatório e informa que suas ações são sempre pautadas no respeito à integridade e aos direitos humanos e promove contínuo treinamento dos seus colaboradores para o cumprimento das leis e do Código de Ética do Grupo. A rede colabora e aguarda a investigação dos órgãos competentes para esclarecimento do fato”.
Criada há um ano, a lei estadual 14.187, que prevê punição administrativa para casos de discriminação racial e étnica no estado de São Paulo, permitiu a formulação de 68 denúncias na Secretaria Estadual de Justiça e Defesa da Cidadania. Deste total, 37 foram feitas na capital, 11 na região metropolitana de São Paulo e 20, no interior. Os dados foram apurados pela Agência Brasil, no último dia 19, durante o 1º seminário sobre os resultados desta lei.
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