Main Menu

Pai e madrasta de Joanna não responderão por homicídio pela morte da menina


André Rodrigues Marins, pai da menina Joanna Marins, não responderá por homicídio
André Rodrigues Marins, pai da menina Joanna Marins, não responderá por homicídio

O juiz do 3º Tribunal do Júri da Capital do Rio, Murilo André Kieling Cardona Pereira, determinou, o declínio de competência do juízo em relação ao processo em que são réus André Rodrigues Marins e Vanessa Maia Furtado, pai e madrasta da menina Joanna, acusados de tortura e homicídio qualificado por meio cruel. Os autos serão distribuídos a uma das varas criminais da Capital. Joanna faleceu no dia 13 de agosto, vítima de meningite, no Hospital Rio Mar.

Segundo o magistrado, desde a decisão desclassificatória do delito, prolatada em 03 de junho pelo juiz vinculado Guilherme Schilling, que o crime, em que André e Vanessa são acusados, não mais faz parte da competência do Tribunal do Júri, por não se tratar de delito contra a vida. “Este juízo é absolutamente incompetente para qualquer exame da matéria”.

O juiz Murilo Kieling disse que apenas a assistência de acusação recorreu da decisão de desclassificação. Mas, como o recurso não foi recebido pelo Juízo, entraram com uma Carta Testemunhável, que já foi encaminhada à segunda instância do TJ-RJ. O órgão ministerial, em suas alegações escritas, explicou que não havia indícios suficientes da existência de crime doloso contra a vida praticado pelos réus.

“A Carta Testemunhável, como preconizado pelo art. 646 do Código de Processo Penal, não terá efeito suspensivo”, explica o magistrado.

Relembre o caso
A menina Joanna, que teria sido vítima de maus-tratos, morreu no CTI de um hospital, em Botafogo, na zona sul do Rio, em agosto de 2010. Ela foi internada na unidade depois de passar por dois hospitais em Jacarepaguá e na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Além de ter tido várias convulsões, ela apresentava hematomas nas pernas e marcas nas nádegas e no tórax, que aparentavam queimaduras.

Joanna Marins tinha 5 anos quando morreu
Joanna Marins tinha 5 anos quando morreu

A mãe da criança, a médica Cristiane, acusa o pai da menina, que tinha a guarda dela na época, de maus-tratos. Marins nega e atribui os ferimentos a sucessivas crises de convulsão.

Durante as investigações da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, foi descoberto que, além dos maus-tratos, a criança tinha sido atendida por um falso médico no hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca. Ela ficou 28 dias internada no hospital.









Comments are Closed