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Na Líbia rebeldes conseguem controle de Trípoli


Na Líbia rebeldes conseguem controle de Tripoli
Na Líbia rebeldes conseguem controle de Tripoli

Seis meses após o início da investida, um grupo organizado de rebeldes estabelecidos para derrubar o regime líbio, conseguiram nesta segunda-feira (22/08) entrar em trípoli e assumir o controle da Capital e estão a poucas horas de colocar um fim no governo de 42 anos do presidente Muammar Khaddafi.

O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno Ocampo, confirmou a prisão de Saif al Islam, um dos filhos do coronel Muammar Khaddafi, que já tinha contra si um mandado de prisão para crimes contra a humanidade cometidos na Líbia.

– Recebi informações confidenciais segundo as quais ele foi preso. Esperamos que ele possa estar em breve na Haia para ser julgado.

O procurador do TPI indicou que ele “deve entrar em contato com o governo de transição” líbio durante o dia e ressaltou que o tribunal “está preparado para ajudar os líbios a lidar com seu passado difícil” e para “apoiar o governo de transição” líbio “para que nenhum crime fique impune”.

Saif al Islam é considerado o porta-voz do regime do pai, já tendo sido apresentado em algumas ocasiões como o sucessor de Gaddafi.

O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mustapha Abdelkhalil, havia afirmado que possuía “informações seguras de que Saif tinha sido preso”, junto com o irmão Saadi.

– Ele está em um local seguro com guarda reforçada, aguardando para ser levado à Justiça.

Líbios comemoram em Benghazi a prisão de Saif al Islam e a tomada parcial de Trípoli
Líbios comemoram em Benghazi a prisão de Saif al Islam e a tomada parcial de Trípoli

Já no final da noite, outro filho do líder, Mohammed, se entregou após os rebeldes cercarem sua casa, segundo o membro do Conselho Nacional de Transição, Fathi Benjalifa, que não quis revelar em que zona da Líbia a residência se encontra.

Mandato de prisão saiu há mais de dois meses

O TPI emitiu no dia 27 de junho mandados de prisão contra Muammar Khaddafi, seu filho Saif e o chefe dos serviços de inteligência líbios, Abdullah al Senussi.

Os três são suspeitos de crimes contra a humanidade cometidos na Líbia depois de 15 de fevereiro quando a rebelião eclodiu, sendo duramente reprimida, transformando-se depois em um conflito armado.

O Tribunal tem competência para julgar na Líbia em virtude de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU de 26 de fevereiro.

Rebeldes dizem ter controle da capital

Dando continuidade ao avanço impressionante registrado neste fim de semana, os rebeldes dizem já ter o controle sobre toda a cidade de Trípoli, menos Bab al Aziziya, onde fica o quartel de Khaddafi. A informação é do membro do Conselho Nacional de Transição, Fathi Benjalifa.

O ativista, contatado pela agência de notícias EFE por meio da internet de Cairo, acrescentou que a captura de Gaddafi “não é uma questão de horas, mas de minutos”, e que só depende de os rebeldes conseguirem entrar no complexo presidencial, que está fortemente protegido.

Apesar dos três chamados desesperados de Khaddafi nas últimas 24 horas aos cidadãos de Trípoli para que se armem e saiam às ruas para defender seu regime, todas as informações que chegam da capital líbia refletem um rápido avanço dos opositores.

Há relatos de que a população saiu às ruas para celebrar a chegada dos opositores, e quase não houve resistência.

Khaddafi ainda está desaparecido

Os rebeldes líbios, que ocuparam a quase totalidade de Trípoli, continuam sem encontrar o coronel Muammar Khaddafi, cujos partidários ainda controlam algumas áreas da capital, informou a televisão Al Jazeera.

Um porta-voz rebelde disse à Al Jazeera que ainda persistem “bolsas de resistência dentro de Trípoli” e outro informou que “entre 15% e 20%” da cidade continua sob controle do regime.

A rede de televisão catariana também informou nesta segunda-feira que por volta das 5h30 (horário local, 2h30 de Brasília) carros de combate tinham saído de um dos recintos presidenciais e estavam bombardeando um dos bairros da capital.

Enquanto isso, milhares de pessoas se concentravam na Praça Verde, agora rebatizada de Praça dos Mártires, para celebrar a vitória da rebelião.









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