Trabalhadores dos Correios fazem manifestação no centro de São Paulo

Os trabalhadores dos Correios, que estão em greve, fizeram na tarde desta sexta-feira (23/09) uma manifestação em frente ao prédio central dos Correios, localizado no Vale do Anhangabaú, na região central da capital paulista. No começo do protesto, por volta das 15h30, a Polícia Militar estimava a participação de 600 manifestantes. A organização disse esperar, até o final do evento, a presença de cinco mil grevistas.
A greve dos Correios teve início no último dia 13. Segundo Brito Junior, cerca de 20 mil trabalhadores da empresa em São Paulo aderiram à greve. Ele disse que, em São Paulo, pelo menos 30% dos trabalhadores continuam trabalhando para manter o funcionamento da empresa, mínimo que foi determinado pela Justiça.
“Quando entrei nos Correios, há vinte anos, chegava a ganhar cinco salários mínimos. Hoje ganho R$ 2 mil”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Similares de São Paulo (Sintect), Elias Cesário de Brito Junior.
A categoria reivindica R$ 200 de aumento linear, vale alimentação no valor de R$ 28 (por dia) e piso salário de R$ 1,6 mil. Atualmente o piso é R$ 807.
Em nota divulgada ontem (22), a direção dos Correios informou ter reapresentado a proposta de reajuste salarial de 6,87%, aumento real de R$ 50 e abono de R$ 800. A estimativa dos Correios é de que a paralisação tenha atingido 19% dos trabalhadores da empresa.
Funcionários dos Correios decidem continuar com greve nacional
Os funcionários dos Correios, em greve desde a última quarta-feira (14), aprovaram na tarde de hoje (23) a manutenção da paralisação por tempo indeterminado. Eles não aceitaram a posição da diretoria da empresa, que ontem (22) voltou a oferecer a proposta apresentada aos trabalhadores antes da greve, que prevê reajuste de 6,87%, mais aumento real de R$ 50 e abono de R$ 800.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) protocolou, hoje pela manhã, nos Correios, uma contraproposta que prevê aumento linear de R$ 200, além de reposição da inflação de 7,16% e aumento do piso salarial de R$ 807 para R$ 1.635. A categoria também exige a contratação imediata de todos os aprovados no último concurso público dos Correios.
Segundo a empresa, a contraproposta da Fentect é praticamente a mesma apresentada no início das negociações. O impacto dessas exigências nas contas dos Correios pode chegar a R$ 4,3 bilhões, o que representa um aumento de 70% na folha de pagamento da estatal.
O diretor da Fentect, José Gonçalves de Almeida, disse que a direção da empresa rejeitou a proposta dos trabalhadores antes de conhecê-la. Ele também disse que a categoria não aceita a proposta que foi reapresentada pelos Correios. “Não vamos apreciar uma proposta que já rejeitamos, queremos que a empresa venha e sente à mesa de negociação”, disse.
De acordo com os Correios, desde o início da greve, a média de atraso nas entregas chega a 35%. Os Correios entregam todos os dias 35 milhões de objetos, entre correspondências e encomendas. Os serviços de Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta foram suspensos, já que eles funcionam com horários marcados para a entrega.
Segundo dados apresentados pelos Correios, a adesão dos trabalhadores à greve estava em 19% ontem. Mas a estimativa dos grevistas é que cerca de 70% dos funcionários estejam sem trabalhar.
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