Investigação da morte da juíza Patrícia Acioli entra em nova fase

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, disse em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (27/09), que desde o início das investigações tinha certeza de que o assassinato da juíza Patrícia Acioli não ficaria impune. “Eu sempre tive certeza de que todos os culpados seriam capturados e punidos. Esse é um caso raro, onde se conseguiu chegar ao mentor intelectual do crime, o que é muito difícil de acontecer, e isso só foi possível graças ao trabalho primoroso da polícia Civil do Rio, a quem quero elogiar em público”, afirmou o desembargador.
O presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Antonio Siqueira, também agradeceu o trabalho da Polícia Civil, que em nenhum momento relaxou na busca da elucidação do crime. “Desde a prisão dos três primeiros suspeitos nós dissemos que as investigações continuariam até que encontrássemos o mentor intelectual”, lembrou.
O secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, explicou que a transferência do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira do Batalhão de São Gonçalo para o Batalhão da Maré, na Zona Norte do Rio, foi uma medida corriqueira e que na época na transferência ainda não existia nenhuma prova concreta contra ele.
A chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, disse que já foram avaliadas até agora 380 armas apreendidas no Batalhão de São Gonçalo e que em breve todas estarão periciadas.
O delegado Felipe Ettore, da Delegacia de Homicídios, lembrou que “nessa terceira fase do inquérito, ainda precisamos de sigilo. Somente a divulgação antecipada de informações pode atrapalhar as investigações”. Ele disse ainda não haver, até o momento, indícios da participação de outros oficiais e que o suspeito que fez a delação premiada apenas usou um direito que a lei lhe confere. Quanto à motivação do crime, o delegado disse que a juíza estava a buscando elementos para prender o tenente-coronel por envolvimento em execuções e corrupção.
Na noite desta segunda-feira, dia 26, a pedido do Ministério Público, o juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, decretou a prisão temporária, por 15 dias, de mais sete policiais militares acusados de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli. São eles: o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo, e os PMs Charles de Azevedo Tavares, Alex Ribeiro Pereira, Carlos Adílio Maciel Santos, Sammy dos Santos Quintanilha, Jovanis Falcão Junior e Junior Cezar de Medeiros.
No último dia 11, foi decretada, no plantão judiciário do 2º NUR, a prisão temporária de três policiais militares acusados de participar do assassinato da magistrada: o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sergio Costa Junior e Jefferson de Araujo Miranda. Assim, hoje, são 10 os policiais que respondem por envolvimento no crime.
A juíza Patrícia Lourival Acioli, que atuava na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, na noite do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, quando retornava do Fórum.
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