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Greve dos bancários aumenta procura por casas lotéricas


Greve dos bancários aumenta procura por casas lotéricas
Greve dos bancários aumenta procura por casas lotéricas

O horário flexível das 10.773 casas lotéricas do país, que atendem até as 18h nas lojas de rua e até as 19h nos shoppings, tem atraído um número crescente de cidadãos para pagamento de contas e saques de pequenos valores para correntistas da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil (BB).

Não existe estimativa nacional quanto ao aumento da movimentação, mas o Sindicato dos Lotéricos de São Paulo, que congrega 2.597 casas de apostas (773 na capital), calcula que houve acréscimo de aproximadamente 30% na procura da população durante a greve dos bancários, que completou 15 dias hoje (11).

O aumento da procura decorre de vários motivos, além da flexibilidade do horário. Primeiro, por causa das longas filas que se formam nos terminais de autoatendimento dos bancos, fora das agências, e depois porque as lotéricas e correspondentes bancários operam os serviços básicos de saques e pagamentos, inclusive aos sábados.

As casas lotéricas recebem boletos de até R$ 2 mil, quando as contas são da própria Caixa, e de até R$ 700 quando são de outros bancos. Para contas de consumo (água, energia, telefone e outras) o limite é R$ 1 mil. As lotéricas também aceitam saques de até R$ 1 mil por dia para clientes da Caixa (R$ 500 aos sábados) e de até R$ 500/dia para correntistas do BB.

Recebem também pagamentos de tributos, prestação da casa própria, obrigações com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), recolhimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de contribuição sindical, além das transações realizadas normalmente, via Cartão do Cidadão, como os benefícios sociais do Bolsa Família, do seguro-desemprego e do Programa de Integração Social (PIS).

A rede lotérica tornou-se, portanto, uma alternativa a mais para a população quitar seus compromissos enquanto durar a paralisação dos bancários. O problema maior reside na falta de recebimento de correspondências com as devidas cobranças, uma vez que os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos também estão de braços cruzados.

Bancários farão manifestações em capitais na próxima sexta-feira

O Comando Nacional dos Bancários decidiu hoje (11) promover, na próxima sexta-feira (14), manifestações contra a lucratividade dos bancos em todas as capitais do país. Os protestos fazem parte das atividades da greve dos bancários, que completou 15 dias nesta terça-feira.

Em reunião, na capital paulista, o Comando Nacional dos Bancários também avaliou a paralisação dos trabalhadores. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro, o movimento está forte e será ampliado.

“Ante o silêncio dos bancos, decidimos que temos que ampliar a greve”, disse Cordeiro, após a reunião. “Vamos tentar paralisar setores que ainda não foram afetados e também parar agências que ainda continuam funcionando”.

No balanço da greve feito ontem pela Contraf, 9.090 agência bancárias aderiram à greve. Isso, de acordo com Cordeiro, representa 45% do total de agências do país.

O presidente da Contraf disse, ainda, que o comando nacional vai enviar uma carta à presidenta Dilma Rousseff solicitando uma audiência. No encontro, os bancários pretendem discutir com a presidenta a importância do aumento salarial da categoria para melhorar a distribuição dos ganhos obtidos pelas instituições financeiras que atuam no país.

O comando vai enviar uma carta também ao presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal. Na carta, os bancários pedirão que Portugal participe das mesas de negociações entre os trabalhadores e os bancos.









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