A Turma 2º Sargento Antonio Smorzuk, que recebeu o diploma do Curso de Formação de Soldados na última quinta-feira, no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), em Sulacap, Zona Oeste do Rio, teve um encontro final nesta segunda-feira (31/10), para assistir a uma série de palestras e vídeos motivacionais, no auditório da Academia de Polícia Dom João VI, no mesmo local, antes de serem lotados em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A maioria dos 499 formandos irá trabalhar na UPP da Mangueira, que será inaugurada na próxima quinta-feira (3/11), às 15h.

O encontro foi promovido pela primeira vez para policiais recém-formados, instituído pelo novo coordenador geral das UPPs, coronel Rogério Seabra. As palestras e vídeos trataram de temas que serão importantes para o trabalho dos novos policiais, como superação, senso de oportunidade, cidadania e outros assuntos, e reforçam o conceito de aproximação e interação da Polícia Militar com as comunidades pacificadas.

– O objetivo é dar orientações finais sobre o trabalho de policiamento comunitário que vão fazer, mostrar exemplos de dificuldades e de superação. A maioria aqui é jovem. Vendo essas experiências, eles aprendem que nossos problemas não são os únicos e que as pessoas precisam de ajuda. A sociedade espera muito deles e a Polícia Militar também – justificou o coronel Seabra.

Segundo o coordenador geral das UPPs, o efetivo no complexo da Mangueira terá 403 policiais – 385 recém-formados, 15 policiais mais experientes e três oficiais – que vão ser distribuídos pelas comunidades do complexo da Mangueira. A força de segurança será composta por policiais das duas turmas formadas este ano. Parte do efetivo é proveniente da turma formada quinta-feira e parte da que recebeu o diploma no mês passado, cujos soldados já fizeram estágio de polícia de proximidade em UPPs já existentes.

A composição do efetivo de uma UPP leva em consideração o perfil das comunidades atendidas. De acordo com o coronel Seabra, boa parte dos policiais que vão trabalhar na Mangueira, inclusive o comandante da unidade, cujo nome só será divulgado no dia 3, foi selecionada conforme as características musicais e culturais do lugar, tradicional reduto do samba e da boemia cariocas.

– Tem policial que não é músico, mas adora música. É bom, portanto, que esses policiais sejam colocados na Mangueira, porque vão saber lidar melhor com os bambas do samba. Cada lugar tem seu perfil. O Batam, por exemplo, é um lugar sem essa tradição de cultura musical da Mangueira. Então, destacar policiais que se identificam com cada lugar e compreendam os esses fatores locais só contribui para que o trabalho seja melhor – argumentou o coronel Seabra.

A UPP da Mangueira vai atender a cerca de 20 mil pessoas que moram nas comunidades do Telégrafo, Praça Candelária, Vila Miséria e Bartolomeu Gusmão e, do outro lado do morro, Tuiuti, Marechal Jardim e Parque Mineiros. Com a coordenação da Secretaria de Segurança, o complexo foi ocupado em 19 de junho deste ano. A ação ocorreu sem troca de tiros ou registro de feridos. Também não aconteceram prisões. Ao todo, cerca de 750 pessoas participaram da ação.

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