Mobilização contra a dengue em Itaperuna
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Com a chegada das chuvas (entre meados de outubro e início de novembro) e a proximidade do verão, inicia-se um ciclo assustador e significativo em relação à dengue. O número de criadouros que contém as larvas do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue, é grande nos imóveis, com isso, o IIP – Índice de Infestação Predial – cresce seu percentual, fazendo com o que o risco de uma epidemia aconteça no município.
Preocupado com as últimas estáticas relacionadas à dengue no Estado do Rio de Janeiro, o secretário Municipal de Saúde Crébylon Nino Gonçalves, tem conferido ao NICES, a responsabilidade de promover todas as orientações necessárias de Educação em Saúde e Mobilização Social, junto à população itaperunense. “O objetivo é manter um equilíbrio de controle ao mosquito Aedes aegipty em nosso município. E para que o morador esteja sempre alerta e se precipite em cuidar de suas casas, ambientes de lazer, escolas, terrenos baldios e multiplique essa prevenção de forma assertiva”, diz o secretário.
Ações de prevenção em Itaperuna
No mês de outubro, com o evento que culminou na inauguração da Academia Popular ao Ar Livre (no Centro Poliesportivo Edgar Pinheiro Dias) e a Semana de Ciências e Tecnologia sobre Mudanças Climáticas, a Secretaria de Saúde, através do NICES, montou um estande voltado à orientação de como deve ser o comportamento da população durante e depois das enchentes.
Gesiney Botelho, coordenador do NICES, aproveitando a presença do prefeito Fernando Fernandes (Paulada) no estande da Secretaria, informou-o sobre o “Ciclo das Estratégias de Controle da Dengue”, que o NICES desenvolve desde o inicio do ano e a atual situação da dengue no município do Rio, que já contabiliza 130 mortes este ano. Gesiney ainda mencionou a possível grande epidemia anunciada pelo secretario de Saúde de Estado Sérgio Luiz Côrtes, para o final de 2011/2012 em todo o Estado.
O prefeito Paulada determinou ao NICES que agilize as ações integradas de prevenção a dengue, seja em forma de palestras ou outras atividades, mas que busque mostrar a sociedade o quanto é necessário e essencial essa guerra contra o mosquito transmissor da dengue. “A luta contra o Aedes aegypti deve ser uma ação contínua e de todos. A Educação em Saúde e Mobilização Social é ferramenta primordial enquanto estratégia de prevenção. Devemos unir forças, poder público e sociedade em geral, para não termos uma epidemia”, diz Paulada.
No início do mês de novembro, como acontece regularmente no pátio do Centro de Saúde Dr. Raul Travassos, foi montado um estande com a finalidade de repetir as recomendações que a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, vem indicando para os municípios do interior, pela iminência de uma possível epidemia por dengue em grandes proporções, entre o final de 2011 e inicio de 2012 em todo o Estado do Rio de Janeiro.
Estande informativo
Os técnicos do NICES Raul de Oliveira e Josely Vieira Galvão prepararam um estande informativo, onde as pessoas que chegavam à unidade de saúde para o atendimento médico ambulatorial, eram abordadas e feitas as ações de aconselhamentos de forma verbalizada e ilustrativa, por meio de folders e cartilhas confeccionadas pelo NICES.
Desde o inicio de 2011 os técnicos da Educação em Saúde vem viabilizando junto às escolas, indústrias e comércio, associações de moradores, igrejas e a sociedade em geral, as recomendações necessárias para a prevenção da dengue e o enfrentamento para a eliminação dos depósitos que possam acumular água, onde a fêmea do mosquito Aedes aegypti possa eventualmente fazer a sua postura, e consequentemente produzir o nascimento de novos mosquitos.
Dentre as várias medidas tomadas está a da ‘Orientação da Vistoria em sua Residência’, feita pelo próprio morador, criada em 2009 pelo NICES, onde em um perímetro de 50m² em sua casa,da laje até o quintal, o proprietário faz sua própria ‘inspeção domiciliar’, a busca de inservíveis que possa acumular água e servir de criadouro para as larvas do Aedes aegypti. “As ações devem ser dinâmicas e explicativas podendo acontecer no pátio de uma escola, nas praças ou em um setor da prefeitura. O importante está na técnica da abordagem que deve ter como principal foco a mensagem educativa e informativa voltada ao risco que causam os depósitos que possam acumular água parada para o nascimento das larvas do mosquito transmissor da dengue e diretamente a doença dengue” ressalta Raul de Oliveira.
Gesiney Botelho disse que o secretário de Saúde da Prefeitura do Rio de Janeiro, Hans Dohman, acredita que esta seja a maior epidemia de dengue da história na capital do Rio de Janeiro, por isso é fundamental que a população se mobilize para o enfrentamento. “É o que devemos fazer aqui em Itaperuna”, completa Gesiney e continua: “toda a ação que o NICES está desenvolvendo tem bases focadas no trabalho educativo com finalidade preventiva. Devemos criar situações que sensibilize a sociedade para que ela se organize e se mobilize por um só ideal, impedir a dispersão da doença dengue em Itaperuna. Só conseguiremos isso se todos estiverem realmente imbuídos neste processo. A própria população pode estar agenciando atividades junto as suas comunidades, seus grupos de trabalho, de estudos, segmentos religiosos e até parcerias com as várias secretarias do município entre outros recursos”.
Considerando a possibilidade de esta ser uma das maiores epidemias de dengue para o verão em todo Estado, médicos e especialistas expõem que toda apreensão está voltada às crianças. Segundo eles, os menores de 15 anos não se encontram imunes aos vírus circulantes neste período. “As recomendações são sempre as mesmas, mais não podemos parar de advertir. Das várias formas de propagação para o nascimento das larvas do mosquito Aedes aegypti, a mais banal é a chuva, basta cair algumas gotas e ter um depósito para acumular água e pronto. Normalmente são inservíveis depositado pela própria pessoa como uma garrafa PET ou até mesmo um saco plástico, num quintal ou terreno baldio e está completado o ambiente ideal para que a fêmea do Aedes aegypti faça a postura de seus ovos .Por isso, vistoriem suas residências, limpem os quintais e não joguem lixo em terrenos baldios. Sem o empenho da cidadania não sairemos vitoriosos desta batalha”, concluiu Gesiney.
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