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Por tortura contra o ex-marido Verônica Costa é indiciada


Por tortura contra o ex-marido Verônica Costa é indiciada
Por tortura contra o ex-marido Verônica Costa é indiciada

Foi indiciada nesta quarta-feira (23/11) a funkeira Verônica Costa pelo crime de tortura praticado contra o ex-marido, Márcio Costa que esteve naquela Delegacia Legal do Recreio (42ª DP) no dia 22/02 fazendo acusações de ter sido agredido e torturado pela ex-vereadora bem como por parentes dela. O inquérito foi concluído pela delegada Adriana Belém, que além da ex-vereadora, indiciou outras quatro pessoas da família de Verônica também pelo mesmo crime.

O inquérito será encaminhado para o Ministério Público, que vai decidir se oferece ao não denúncia à Justiça. Como já passaram nove meses e os investigados não tentaram atrapalhar as investigações e possuem residência fixa, a delegada não pediu a prisão deles, que respondem em liberdade.

Márcio Costa procurou a delegacia no dia 22 de fevereiro com marcas de espancamento e queimaduras no rosto e pelo corpo. Ele disse ter sido amarrado e torturado por Verônica e os familiares dela. A funkeira sempre negou as acusações, alegando que Márcio já havia chegado e casa machucado e que ela seria viciado em drogas.

A pena para o crime de tortura varia de dois a oito anos de prisão. O advogado da Verônica Costa, Pedro Lavigne, considerou o indiciamento injusto e disse que Verônica já prestou todos os esclarecimentos sobre o caso.

A delegada Adriana Belém disse não ter dúvidas sobre a autoria do crime e considerou o caso esclarecido.

– Eu assumi a delegacia há três meses. Ainda faltavam algumas diligências e informações de alguns órgãos, que não dependiam de nós. Não podemos revelar porque tem caráter sigiloso, mas não resta dúvida de que essas pessoas praticaram este crime.

Em março, o então delegado da 42ª DP, Cley Biagio Catão, confirmou que Márcio Costa não estava drogado, como a funkeira havia acusado. Os exames toxicológicos feitos em Costa não apontaram para o uso de maconha e cocaína.

O empresário sofreu queimaduras de segundo grau pelo corpo no dia 22 de fevereiro e acusou a ex-vereadora pelas agressões.

Em contrapartida, a Mãe Loura se defendeu e disse que o ex-marido estava drogado, era violento e roubou a casa dela. Segundo Verônica, ele e o pai roubaram equipamentos eletrônicos e dinheiro.

– Estou ainda muito abalada com tudo que aconteceu comigo, acredito ter vivido os momentos mais terríveis da minha vida.Tenho certeza que a justiça será feita, mas não acredito que alguém em condições normais tenha feito tudo isso comigo.Vejo uma pessoa oportunista e deslumbrada com toda essa exposição.Agora só quero recomeçar minha vida e me recuperar desse trauma.

Diante dos resultados, o delegado pode pedir uma acareação entre Verônica e o marido, uma reconstituição do crime e uma nova perícia na casa da Mãe Loura.

Márcio rebate acusações

Márcio Costa, de 34, negou, após receber alta do hospital Pasteur, no Méier, zona norte do Rio de Janeiro, todas as acusações feitas pela mulher em depoimento na 42ª DP. Ele disse que nunca foi usuário de drogas e voltou a afirmar que foi torturado pela Mãe Loura, como Verônica é conhecida, e pelos parentes dela por cerca de 20h. Segundo Costa, Verônica sofre de transtorno bipolar e faz tratamento psiquiátrico há mais de dois anos.

– Ela já teve vários psiquiatras. Já fez tratamento contra depressão e síndrome do pânico. Ela tem transtorno bipolar e toma dois remédios controlados. Verônica é uma pessoa que tem altos e baixos.

Ainda de acordo com Costa, Verônica é uma mulher muito possessiva e ciumenta. Ele voltou a dizer que foi agredido, porque ela desconfiava que ele tinha uma amante e que o marido teria roubado dinheiro da campanha eleitoral dela.

– Durante a tortura, ela me perguntava sobre uma amante, pois ela desconfiava que eu tinha um caso com uma moça que trabalhou durante a campanha dela. Em um certo momento, eu cheguei a inventar uma historinha para não morrer. Não tinha dúvida que eles iam me matar.

Segundo Costa, durante as agressões, Verônica dizia que o amava e que não era para ele se preocupar com os ferimentos, pois ela contrataria uma boa dermatologista para cuidar do marido.

– Ela dizia que me amava e que ia cuidar de mim, e que não era para eu me preocupar, porque me levaria em uma boa dermatologista.

O marido da Mãe Loura disse que nunca mais voltará para a mulher e que apesar de tudo, não tem raiva dela.

– Verônica sempre foi agressiva. Eu mantinha o relacionamento porque a amava muito. Mas eu amava a Verônica que eu conheci, não esta Verônica. O que eu sinto é medo e desgosto. Não tenho raiva, mas quero Justiça.

O pai do marido da Mãe Loura, Felicíssimo Costa, de 65 anos, disse que vai pedir à Justiça para retirar o sobrenome Costa do nome de Verônica. Segundo Costa, as testemunhas dele já foram ouvidas. Ele contou que o circuito interno de câmeras ainda não estava funcionando no dia das agressões e que o alarme foi desligado para facilitar a entrada dos parentes de sua mulher.

– As minhas testemunhas já foram ouvidas. O circuito de câmeras estava sendo instalado, mas só fazia o monitoramento, não gravava imagens.

Costa passa por cirurgia

Costa passou por uma cirurgia plástica que durou cerca de duas horas. O marido de Verônica a acusa de tê-lo agredido e torturado com a ajuda do irmão e do padrasto, na residência do casal, em Vargem Grande, na zona oeste, na semana passada. Um líquido corrosivo provocou várias queimaduras na vítima.

De acordo com médicos que o atenderam, ele precisará do acompanhamento contínuo de um cirurgião plástico e a previsão é de que fique sem marcas. O uso de analgésicos é recomendado para casos de dor. Entre as restrições está exposição ao sol. O uso de protetor solar é fundamental.

Vício em drogas

Verônica prestou depoimento na 42ª DP e negou todas as acusações feitas pelo marido. Ela o acusou de furto e disse que ele é viciado em drogas.

A ex-vereadora disse também que o marido nunca trabalhou e que, nos últimos quatro anos, começou a agredi-la com frequência, após se viciar em ecstasy e cocaína.

– Sem drogas, ele é um doce. Drogado, se torna um homem violento e covarde. Se isso não tivesse acontecido, eu teria ficado no silêncio por mais dez anos. Eu não tinha forças para me separar dele.

(*) Com informações do R7









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