Main Menu

Juíza recebe denúncia contra Nem, Perninha e William da Rocinha


Nem, Oliveira e Leopoldino negociam compra de arma na Rocinha
Nem, Oliveira e Leopoldino negociam compra de arma na Rocinha

A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce dos Santos, da 38ª Vara Criminal da Capital, recebeu a denúncia do Ministério Público estadual e decretou a prisão preventiva de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o “Nem”; de William de Oliveira e de Alexandre Leopoldino Pereira da Silva, vulgo “Perninha”. Os três são acusados dos crimes de associação para o tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo, todos em concurso material.

A denúncia teve por base imagens gravadas em um DVD, apreendido pela Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis em incursão realizada na favela da Rocinha, a partir da ocupação da comunidade pelas Forças de Segurança. As imagens mostram Oliveira e Leopoldino reunidos com Nem na Cachopa, local onde a quadrilha atuante na Rocinha costumava se encontrar para tratar de assuntos relativos à atividade criminosa. De acordo com a denúncia, as imagens identificam Leopoldino manuseando com desenvoltura um fuzil, que é mostrado a Nem. Em seguida, o traficante entrega grande quantidade de dinheiro a Oliveira e Silva, visto na gravação recebendo sua parte e conferindo as notas.

Para o promotor de Justiça Gustavo Adolfo Dutra de Almeida, Oliveira e Leopoldino intermediaram a venda de armamento ao cederem uma arma de fogo de uso restrito ao traficante, que a adquiriu para integrar o arsenal da quadrilha da qual era líder.

Ainda segundo a denúncia, Oliveira e Leopoldino associaram-se ao traficante, desempenhando o papel de braço político de Nem, por serem pessoas representativas na comunidade e influentes junto aos moradores. Além de terem exercido, respectivamente, os cargos de presidente e vice-presidente da União Pró Melhoramentos dos Moradores da Rocinha, Oliveira foi candidato ao cargo de deputado estadual na eleição de 2010, tendo Leopoldino como coordenador-geral de sua campanha.

A denúncia aponta que “ambos os denunciados recebiam pagamento em dinheiro, além de outras contribuições financeiras, sempre originadas do comércio de entorpecentes e que, em determinada ocasião, se destinaram a fundo de campanha política de Oliveira”.









Comments are Closed