Ex-jogador é condenado a 22 anos de prisão pela morte da ex-mulher

Janken Ferraz Evangelista, ex-jogador de futebol, teve a sua condenação decretada com a pena de 21 anos, na noite desta quarta-feira (07/12) por causa da morte da ex-mulher Ana Cláudia Melo da Silva. Janken foi considerado culpado pelo júri por ter cometido homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). A tese defendida pela defesa de que agiu em legítima defesa foi refutada.
Além da pena de 21 anos, Janken também foi condenado a mais 1 ano pelo roubo do celular de Ana Claudia, que foi um dos motivos pelos quais o casal brigou. Segundo o assistente de acusação, José Beraldo, Janken não poderá recorrer em liberdade.
De acordo com Janken, ele e a ex-mulher haviam voltado de um jogo entre Corinthians e Santos, no estádio do Pacaembu, quando ela se descontrolou e passou a atacá-lo com uma faca, dentro do apartamento do irmão dela, na zona sul de São Paulo. Ele disse que tomou a faca dela e empurrou contra seu corpo duas ou três vezes, mas a perícia afirma que Ana Cláudia morreu com 14 facadas. Segundo o assistente de acusação, José Beraldo, Janken não poderá recorrer em liberdade.
De acordo com Beraldo, não é possível falar em legítima defesa.
– Ele tinha possessão por ela. Eles foram ver o jogo e o Janken viu o Ronaldo Fenômeno dar um beijo nela e foi aí que começou a possessão.
O crime aconteceu no dia 22 de março de 2009, na avenida do Cursino, Jardim da Saúde, na zona sul da capital. Janken teria matado Ana Cláudia a facadas depois de uma briga no apartamento dela. Após o crime, Janken fugiu levando o filho do casal, que estava no apartamento no momento do crime.
Ainda de acordo com o jogador, o desentendimento entre os dois começou quando Ana Claudia disse que gostaria de esperar a saída dos jogadores no estádio. Para não brigar com ela, o ex-jogador disse que concordou em permanecer no local por mais alguns momentos. Ao chegar à casa do irmão dela, ele conta que foi dar mamadeira ao filho, no quarto, quando ouviu Ana Claudia sussurrando no telefone na cozinha.
– Voltei em sua direção na cozinha e percebi que ela estava falando baixo para não escutar. Ela dizia que não pode ficar após o jogo “porque o pai do meu filho embaçou”. Achei aquilo uma falta de consideração.
O jogador contou ao juiz Marcelo Augusto Oliveira que em seguida tomou o celular da mão dela, ligou para um dos últimos números chamados e viu que se tratava do ex-goleiro do Santos Futebol Clube, Fabio Costa. Ele olhou ainda mensagens no celular em que Ana Claudia trocava mensagens de conteúdo erótico com Costa e outros homens, incluindo outros jogadores de futebol.
Janken afirmou que mostraria as mensagens ao irmão de Ana Claudia, Odair Bezerra da Silva, para mostrar “como ela era”.
– Nesse momento, ela pirou. Ela se virou e veio para cima de mim com a faca (…) joguei o celular no chão, peguei as duas mãos dela e a joguei no chão. Tomei a faca, ela tentou morder meu dedo e eu soltei a faca. Ela pegou a faca de novo, e eu percebi que ela queria mesmo era enfiar a faca em mim, me matar. Aí puxei a faca dela e empurrei em direção a ela. Perdi a cabeça.
Filho
O irmão de Ana Claudia, Odair Bezerra da Silva, disse na segunda-feira (5), primeiro dia do julgamento, que o filho dela contou a ele ter visto seu pai matar a mãe.
– Ele [filho de Janken] afirmou na escola “meu pai matou minha mãe, ele furou minha mãe”. Eu falei para ele que nunca tinha dito isso, mas ele me disse que viu quando era bebê.
(*) Com informações do R7
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