Main Menu

Alunos desenham em azulejo que fará parte de mural da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo


Alunos desenham em azulejo que fará parte de mural da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo
Alunos desenham em azulejo que fará parte de mural da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo

O mosaico, que faz parte de um esforço da prefeitura para reformar a escola depois do massacre, terá 34 metros (m) por 1,70m. Segundo a diretora artística do mural, a arquiteta Laura Taves, a ideia foi fazer os alunos pensarem no presente da escola, esquecendo um pouco o passado.

Após quatro meses de trabalho, um mosaico feito de azulejos desenhados por alunos e funcionários da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, começará a ser exposto no muro. A escola ficou marcada pela chacina de 12 crianças e jovens, cometida por um ex-aluno, em abril deste ano.

“Foi feita a pergunta para os alunos: o que é a escola? A escola é o presente. O passado existe, ele foi trágico, ninguém vai esquecer, mas a escola é agora. Antes de começar o projeto, quando conversei com os professores, todos concordaram que isso não era para ser um memorial, mas uma renovação”, afirma a arquiteta.

Segundo a arquiteta, os desenhos surpreenderam porque trouxeram muita mensagens positivas, mesmo aqueles que fazem menção à tragédia. Lucas Matheus, de 13 anos, por exemplo, desenhou Jesus Cristo. “Porque eu desenhei Jesus? Porque aqui na escola, a gente tem trabalhado de mãos dadas, com um ajudando o outro, como fez Jesus”, disse.

Já Thaysa de Paula, também de 13 anos, optou por desenhar um violão. “A música inspira a felicidade e traz a esperança para todos os que sofreram aqui. Ainda não superei a tragédia, porque isso vai ficar marcado em mim para sempre, mas sei que a gente tem que tocar a vida”, afirma.

Com 11 anos de idade, Matheus Gomes desenhou, no azulejo, um ônibus escolar, representando um passeio dos alunos. “Ainda tenho muito medo. Eu durmo de luz acesa, tomo banho com a porta aberta, tenho medo de ficar sozinho. Eu vou para a psicóloga, mas isso não ajuda muito, porque eu fiquei traumatizado”, afirma o estudante, oito meses depois do massacre.

Leia Mais Notícias Clicando Aqui









Comments are Closed