Bombeiros encontram corpo carbonizado em incêndio na favela de São Paulo

Quarenta carros do Corpo de Bombeiros continuam trabalhando no combate a um incêndio de grandes proporções que atinge a Favela do Moinho, no bairro de Campos Elíseos, na região central da capital paulista. O fogo começou por volta das 10h desta quinta-feira (22/12). O helicóptero da Polícia Militar concluiu o resgate de pessoas que estavam em um prédio atingido pelas chamas, mas continua nas proximidades para eventuais emergências.
Os bombeiros encontraram por volta das 14 horas, durante a operação rescaldo um corpo carbonizado, que pode ser de um dos moradores. Quatro pessoas ficaram feridas no incêndio, que começou por volta das 10 horas e foi controlado em torno das 13 horas. Duas delas foram intoxicadas pela fumaça e foram encaminhadas para o pronto-socorro da Santa Casa. Uma terceira teve fratura de punho e queimaduras e foi levada para o pronto-socorro do Tatuapé e um bombeiro foi atingido na cabeça por um aparelho de TV, quando ajudava os moradores com a remoção dos móveis. Ele foi levado para o Hospital das Clínicas. Onze pessoas foram resgatadas pelo helicóptero Águia.
As duas linhas de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que passam na região permanecem interditadas. A circulação foi interrompida na Linha 7, entre as estações Luz e Barra Funda, e na Linha 8, entre as estações Barra Funda e Julio Prestes. Segundo a CPTM, a alternativa para os usuários que precisam ter acesso ao local é o metrô, nas integrações gratuitas das estações Barra Funda e Luz.
Mais cedo, o prefeito Gilberto Kassab (PSD), em visita ao local, informou que incêndio atingiu aproximadamente 350 famílias. Uma pessoa ficou levemente ferida. Segundo Kassab, cerca de 600 famílias moravam na favela. Todas as atingidas serão encaminhadas para abrigos da prefeitura, e depois deverão ter acesso a programas sociais.
– A verdade é que desde 2005, quando foi feito o último cadastramento, foram identificadas 800 mil famílias morando em condições inadequadas [na capital paulista], parte delas em áreas de risco. Existe hoje na cidade de São Paulo bastante investimento em relação a habitação, a saneamento e não será diferente em relação à favela da Vila Moinho.
Kassab afirmou ainda que o incêndio foi provocado por uma mulher ” mentalmente perturbada” que colocou fogo em um barraco a saiu correndo.
Transporte e trânsito no local do incêndio
O incêndio fez com que a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) suspendesse a circulação de parte dos trens no final da manhã desta quinta-feira (22). A interrupção foi feita, às 11h15, entre as estações Barra Funda (na zona oeste) e Luz (na região central) da Linha7-Rubi; e entre as estações Barra Funda e Julio Prestes, da Linha 8-Diamante.
Técnicos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foram deslocados para o túnel Amaral Gurgel, que faz a ligação entre a venida Rio Branco e a avenida Rudge, para orientar os motoristas a não pararem na via para ver o incêndio. Não havia registro de lentidão na área por volta das 11h50.
Retirada dos moradores somente por helicóptero

Um helicóptero foi usado para ajudar a retirar os moradores do local. Segundo o capitão Pavão, que trabalha no local, a situação é complicada porque muitos dos moradores da favela são catadores de materiais recicláveis. Por isso, existe muito material inflamável na região, como madeira e plástico.
O estudante Pedro Marinho Camilo, 19 anos, disse que foi até a região, no final desta manhã, verificar se o fogo não tinha atingido um prédio comercial da família. Ele afirma que o cenário no local é de desespero.
– Vi muita gente desesperada, chorando muito e deixando a favela.
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