Main Menu

No segundo dia de julgamento, réus negam participação na morte da deputada Ceci Cunha


No segundo dia de julgamento, réus negam participação na morte da deputada Ceci Cunha
No segundo dia de julgamento, réus negam participação na morte da deputada Ceci Cunha

Nesta terça-feira (17/01), no segundo dia do julgamento das mortes da deputada Ceci Cunha e de três parentes, três dos cinco réus responsáveis pela chacina falaram para o juri. Na segunda-feira (16), com o adiantamento da oitiva das testemunhas, dois depoimentos foram antecipados.

Ceci Cunha e três parentes foram mortos em dezembro de 1998, pouco depois da deputada ser diplomada no cargo. Ela visitava a irmã, que havia acabado de ter um bebê. De acordo com o Ministério Público, o crime teve motivação política, pois o primeiro suplente da vaga, o ex-deputado Talvane Albuquerque, queria ocupar o posto na Câmara dos Deputados para ganhar imunidade parlamentar, já que respondia a processos na Justiça.

Foram ouvidos na segunda-feira os réus José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros da Siva, apontados come executores do crime. Ambos tiveram a confissão gravada em depoimento prestado na polícia, mas alegaram na Justiça que foram torturados para admitir a participação na chacina. Na terça-feira, falaram Jadielson da Silva e Alécio Vasco, também citados como executores. Neste momento depõe Talvane Albuquerque.

Além de negarem a participação nas mortes, Talvane, Jadielson e Alécio voltaram a sugerir que outra pessoa teria motivo para assassinar a deputada, o ex-governador Manoel Gomes de Barros. Segundo os acusados, Ceci Cunha fez um acordo com o Barros a fim de sair como vice em sua chapa para o governo do estado, aceitando uma quantia de R$ 2 milhões para usar na campanha. No entanto, ela teria desistido do acordo para concorrer à Câmara dos Deputados, mas não devolveu o dinheiro.

Os réus também reclamaram do grande transtorno que as acusações geraram em suas vidas. José Alexandre e Jadielson chegaram a se emocionar ao falar sobre o assunto. Talvane lembrou que até pouco tempo trabalhava como médico em três locais diferentes, mas, com a proximidade do julgamento e a divulgação na mídia, foi demitido de um dos empregos, em um hospital de Paulo Afonso, na Bahia.

Como suplente, Talvane chegou a tomar posse do cargo após a morte de Ceci Cunha, mas foi cassado um ano depois devido a uma conversa gravada com o pistoleiro conhecido como Chapéu de Couro. No interrogatório, disse que falou com o criminoso porque ele estava pedindo ajuda, e que não acreditava haver ilegalidade nisso. Quanto à morte de Ceci Cunha, disse que é inocente e sugeriu proximidade com ela ao lembrar que os dois atuaram como obstetras na mesma cidade.

Está agendada para esta quarta-feira (18) a fase final do julgamento, quando os jurados se reúnem para decidir o futuro dos réus.

Leia Mais Notícias Clicando Aqui









Comments are Closed