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Dois suspeitos de agredir estudante que defendeu mendigo são presos no Rio


Vitor Cunha, de 21 anos, foi agredido por defender morador de rua no Rio de Janeiro
Vitor Cunha, de 21 anos, foi agredido por defender morador de rua no Rio de Janeiro

Noite desta sexta-feira (03/01) a polícia do Rio de Janeiro prendeu dois jovens suspeitos de terem agredido o aluno do curso de Desenho Industrial, Vitor Cunha, de 21 anos, que defendeu um morador de rua na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia um outro suspeito ainda permanece foragido, mas está sendo procurado. Os três jovens vão ser indiciados e poderão responder por tentativa de homicídio qualificado, segundo o delegado Deoclécio de Assis, titular da Delegacia da Ilha (37ª DP).

O crime aconteceu na madrugada de quinta-feira (2), na praça Jerusalém, no Jardim Guanabara, bairro de classe média alta. O estudante de desenho industrial Vítor Suarez Cunha, de 21 anos, foi agredido por um grupo de cinco pessoas. Segundo o irmão da vítima, Vinícius Suarez Cunha, de 28 anos, Vítor e um casal de amigos viram o grupo agredindo o morador de rua e decidiram abordar os jovens, na tentativa de impedir a agressão.

– O amigo do meu irmão conhecia dois dos rapazes de vista. Meu irmão então já chegou questionando a agressão. Foi quando eles se viraram contra o Vítor e começaram a espancá-lo, só no rosto. Meu irmão está com a cara toda quebrada, sofreu afundamento na testa, próximo a um dos olhos e deslocou dentes. Terá que fazer cirurgia plástica. Ele só tem 21 anos. Queremos que esses agressores sejam punidos.

O jovem está com diversos hematomas e ferimentos no braço, no rosto e por todo o corpo, e deve ser submetido a uma cirurgia plástica.

“Procura-se espancadores de mendigo”

Policiais da Delegacia da Ilha do Governador (37ª DP) identificaram três dos cinco suspeitos da agressão e estão em busca de outros dois suspeitos do crime que ainda não foram identificados.

Nas redes sociais, uma foto de dois dos supostos agressores começou a circular nesta tarde com a frase “procura-se espancadores de mendigo”.

Os socos e chutes contra o estudante só pararam depois que o amigo dele se jogou sobre ele para impedir o espancamento. Vítor ficou desacordado. Um dos agressores tentou justificar o ataque ao morador de rua e teria falado que, pela manhã, o pai dele iria fazer uma caminhada pelo local e que não queria passar por um mendigo no caminho.

De acordo com a família de Vítor, o morador de rua teria passado mal pouco antes das agressões. Ele foi socorrido por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que o deixou no mesmo local após o atendimento. Ele teria voltado a se sentir mal e deitou na praça.

– A minha mãe é assistente social e trabalha na prefeitura. Ela está acostumada a lidar com pessoas em situação de rua e a nossa família está acostumada a esse universo. Meu irmão sabe das dificuldades pelas quais essas pessoas passam. Ele só quis impedir a agressão e agora está com o rosto deformado. Esse tipo de situação acontece com frequência aqui na Ilha, mas pelo poder aquisitivo, nunca acontece nada porque as famílias pagam bons advogados. Não queremos que esse caso fique impune.

A polícia pretende ouvir outras testemunhas para esclarecer o caso. Todos os suspeitos são jovens de classe média alta. Eles podem responder pelo crime de tentativa de homicídio.

(*) Com informações do R7

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