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Cardozo diz que, se necessário, enviará mais homens para garantir a segurança da população baiana


Soldados do Exército fazem a segurança da área em torno da Assembleia Legislativa do Estado, ocupada por policiais militares em greve desde a semana passada
Soldados do Exército fazem a segurança da área em torno da Assembleia Legislativa do Estado, ocupada por policiais militares em greve desde a semana passada

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse na segunda-feira (06/02) que, se necessário, enviará mais homens da Força Nacional de Segurança à Bahia por causa da greve dos policiais militares, que já dura seis dias. Até o momento, cerca de 4 mil homens das Forças Armadas, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal estão no estado, sob comando do general do Exército, Gonçalves Dias.

“Se ele [general Gonçalves Dias] achar necessário elevar o efetivo, nós prontamente atenderemos. Ele receberá o efetivo adicional que entender ser necessário”, disse Cardozo à Agência Brasil.

Para o ministro, a “situação na Bahia está sob controle”. “Temos tropas suficientes para garantir a ordem pública. Não há nenhuma razão para pânico. Não tenho a menor dúvida de que até o carnaval estará tudo perfeitamente resolvido. O Estado brasileiro é seguramente mais forte do que certos grupos de maus policiais que resolveram achar que o atendimento às suas reivindicações deve passar por atos de violência e intimidações”.

No entanto, o clima mostrou insegurança na capital baiana. Vários órgãos da Justiça não funcionaram ou encerraram o expediente mais cedo. Escolas públicas e particulares e várias lojas do comércio também não abriram as portas.

Homens do Exército cercam a Assembleia Legislativa, ocupadas por grevistas desde a semana passada. O número de homicídios na Bahia passa de 80 desde o início da greve.

Exército mantém cerco à Assembleia Legislativa, onde PMs grevistas ocupam o prédio desde terça-feira

A Assembleia Legislativa da Bahia, ocupada desde terça-feira (31) por policiais militares (PMs) grevistas, está cercada por homens do Exército, da Força Nacional e PMs de batalhões que não aderiram ao movimento. Caminhões das Forças Armadas bloqueiam as vias em torno do prédio da Casa Legislativa.

Grevistas permanecem na Assembleia Legislativa da Bahia, pelo sétimo dia de greve da Polícia Militar. Na foto, três crianças deixando o local, acompanhadas por integrantes do exército
Grevistas permanecem na Assembleia Legislativa da Bahia, pelo sétimo dia de greve da Polícia Militar. Na foto, três crianças deixando o local, acompanhadas por integrantes do exército

Até agora, ninguém sabe o número exato de grevistas no interior do prédio. Mas existem informações sobre a presença de parentes entre os amotinados, inclusive mulheres e crianças. De acordo com representantes de entidades de defesa de crianças e adolescentes, cerca de 150 crianças estão juntas com os parentes. Esta tarde, a juíza Mônica Barroso emitiu decisão judicial ordenando a retirada das crianças do interior da Assembleia Legislativa. Mas a ordem ainda não foi cumprida.

Em frente ao prédio, centenas de pessoas estão acampadas. E a informação que o local seria invadido pelos homens do Exército fez aumentar a tensão no local. No entanto, a invasão foi negada pelo chefe da da Comunicação, tenente-coronel Márcio Cunha. “Não haverá invasão. O nosso objetivo já foi cumprido, que é isolar o prédio para que ocorra a negociação. Enquanto isso, há uma equipe da Secretaria de Segurança Pública lá dentro, conversando [com os grevistas]”.

Na segunda-feira (6), ocorreram dois tumultos em frente à Assembleia, quando os parentes dos amotinados reagiram à colocação de tapumes em torno do prédio. Isso fez com que os militares não prosseguissem com o isolamento do local. Houve também o disparo acidental de uma bomba de gás lacrimogênio, segundo o Exército.

Em várias regiões de Salvador, a greve dos PMs e a presença de tropas das Forças Armadas e da Guarda Nacional mudaram a rotina dos moradores e comerciantes. Na comunidade de Pau Lima, na periferia da cidade, uma moradora, que não quis se identificar por questões de segurança, disse à Agência Brasil que muita gente do local prefere ficar em casa até que a situação se normalize.

No bairro da Pituba, na região praiana, grande parte do comércio manteve as portas fechadas e as lojas que abriram só funcionaram até as 16 horas, permitindo que os empregados saíssem mais cedo. Os comerciantes também temem que seus estabelecimentos sejam saqueados.

A Avenida Paralela, uma das principais vias da cidade, foi bloqueada por ônibus atravessados na pista por desconhecidos que renderam os motoristas, obrigando-os a abandonarem os veículos no local. A ação tumultuou o trânsito na capital baiana. Esses bloqueios têm ocorridos em outras vias de Salvador e duram em média uma hora.

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