Soldado que defendeu agressores de jovem e mendigo é expulso da FAB

A Força Aérea Brasileira (FAB) expulsou nesta sexta-feira (10/02) o soldado Yuri Monteiro Ribeiro de sua corporação. O ex-militar utilizou de uma rede social na internet e solidarizou com os suspeitos do espancamento do estudante Vítor Suarez Cunha, 21 anos, agredido quando defendia um mendigo na Ilha do Governador. Segundo a FAB Yuri cometeu prática de ato contra a moral pública e falta grave. Ele foi enquadrado na Lei de Serviço Militar.
Yuri usou uma rede social da internet para manifestar solidariedade a dois colegas presos pelas agressões. Ele pedia liberdade para Tadeu Assad e dizia esperar que ninguém encontrasse Rafael Zanini, que se entregou na última segunda-feira (6). Os cinco suspeitos já estão presos.
O militar, que é lotado na Brigada de Infantaria do Galeão, chega a dizer que, “se Justiça valesse de alguma coisa, ele já estaria na prisão há muito tempo”. Yuri dizia que, “se estivesse na briga, ele não estaria vivo”, em uma referência ao estudante agredido, Vítor Suarez Cunha, de 21 anos.
Entenda o caso
Vítor Suarez Cunha, de 21 anos, foi espancado no último dia 2 ao intervir em uma agressão a um morador de rua. Ele permanece internado no Hospital Santa Maria Madalena, na Ilha.
O rapaz passou por uma cirurgia de reconstrução da face, que durou quatro horas, no sábado (4). Ele está bem e seu estado de saúde é considerado estável.
De acordo com o hospital, foi preciso implantar oito placas de titânio na testa e no céu da boca da vítima, assim como 63 parafusos, enxerto e três membranas protetoras, entre outros. Ainda não se sabe se o jovem ficará com sequelas.
O crime aconteceu na praça Jerusalém, no Jardim Guanabara, área de classe média alta na Ilha. O pai de um dos agressores, que não quis se identificar, disse que a família também está sofrendo.
– Ninguém cria um filho para ser agressor ou agredido. O sofrimento é de todo mundo.
De acordo com o irmão de Vítor, Vinícius Suarez Cunha, de 28 anos, o morador de rua teria passado mal pouco antes das agressões. Ele foi socorrido por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que o deixou no mesmo local após o atendimento. Ele teria voltado a se sentir mal e deitou na praça.
– A minha mãe é assistente social e trabalha na prefeitura. Ela está acostumada a lidar com pessoas em situação de rua e a nossa família está acostumada a esse universo. Meu irmão sabe das dificuldades pelas quais essas pessoas passam. Ele só quis impedir a agressão e agora está com o rosto deformado. Esse tipo de situação acontece com frequência aqui na Ilha, mas pelo poder aquisitivo, nunca acontece nada porque as famílias pagam bons advogados. Não queremos que esse caso fique impune.
Todos os suspeitos são jovens de classe média alta. Os socos e chutes contra o estudante só pararam depois que o amigo dele se jogou sobre ele para impedir o espancamento. Vítor ficou desacordado. Um dos agressores tentou justificar o ataque ao morador de rua e teria falado que, pela manhã, o pai dele iria fazer uma caminhada pelo local e que não queria passar por um mendigo no caminho.
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