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Por unanimidade, Conselho de Ética decide abrir processo contra Demóstenes


Por unanimidade, Conselho de Ética decide abrir processo contra Demóstenes
Por unanimidade, Conselho de Ética decide abrir processo contra Demóstenes

Por unanimidade, o Conselho de Ética do Senado decidiu abrir processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido – GO). Em votação aberta e nominal, os integrantes do conselho aprovaram nesta terça-feira (08/05) o relatório do senador Humberto Costa (PT-PE).

Caso seja decidido que Demóstenes faltou com o decoro, em sua relação com o empresário de jogos ilegais de Goiás Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a punição prevista é a cassação do mandato de senador.

Carlinhos Cachoeira está preso desde o dia 29 de fevereiro, acusado de comandar uma rede criminosa envolvendo políticos. Essas ligações foram investigadas nas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, que flagraram conversas entre Demóstenes e Cachoeira.

A representação contra Demóstenes no Conselho de Ética foi apresentada pelo PSOL. O parecer enfatizou o caráter político do processo no Conselho de Ética e as contradições identificadas nas posturas adotados pelo parlamentar em diferentes momentos de sua defesa.

Humberto Costa, no relatório, também fundamentou que o que está em jogo é a imagem do Senado e não só a do senador. Ele argumentou ainda que Demóstenes entrou em contradição ao se dizer contrário à legalização dos jogos e defender, nas votações do Senado, a legalização dos bingos.

Também nesta terça, na parte da tarde, a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) instalada para investigar os negócios de Cachoeira com agentes públicos e privados tomará o primeiro depoimento. O presidente da CPMI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo, acompanhou parte da votação do Conselho de Ética.

Os deputados e senadores da comissão ouvirão o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa, responsável pela investigação da Operação Vegas, que desvendou um esquema de exploração de caça-níqueis e contratos públicos comandado por Cachoeira.

Advogado de Demóstenes pode recorrer ao STF para garantir ampla defesa

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro

A defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) avaliou que o Conselho de Ética não respeitou o princípio da ampla defesa durante a investigação preliminar que resultou na decisão de abrir processo disciplinar por quebra de decoro.

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, que representou Demóstenes na reunião do conselho, disse que vai avaliar com seu cliente a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que esse direito seja garantido. “Foi uma decisão política que pode ocorrer em um colegiado como esse. Mas, na minha avaliação, o princípio da ampla defesa não foi respeitado e há a possibilidade jurídica de recorrer ao STF”, disse o advogado.

“É claro que vou conversar com o meu cliente para decidir sobre esse recurso. Ele pode também optar por não ir ao Supremo e enfrentar o processo no Conselho de Ética”, ponderou advogado.

Ao tomar conhecimento do teor do relatório, o advogado avaliou que o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo, não se ateve aos elementos que constavam na representação apresentada pelo PSOL, ao Conselho de Ética do Senado. Com esse argumento, o advogado pediu cinco dias para apresentar uma nova defesa, pedido que foi negado pelo conselho.

Hoje (8), por unanimidade, o Conselho de Ética do Senado decidiu abrir processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra o senador Demóstenes Torres. Em votação aberta e nominal, os integrantes aprovaram o relatório do senador Humberto Costa.

Caso seja decidido que Demóstenes tenha faltado com o decoro, em sua relação com o empresário de jogos ilegais de Goiás Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a punição prevista é a cassação do mandato de senador.

Carlinhos Cachoeira está preso desde o dia 29 de fevereiro, acusado de comandar uma rede criminosa envolvendo políticos. Essas ligações foram investigadas nas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, que flagraram conversas entre Demóstenes e Cachoeira.

A representação contra Demóstenes no Conselho de Ética foi apresentada pelo PSOL. O parecer enfatizou o caráter político do processo no Conselho de Ética e as contradições identificadas nas posturas adotados pelo parlamentar em diferentes momentos de sua defesa.

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