O juiz Murilo Kieling, da 3ª Vara Criminal da Capital, começou a ouvir nesta quarta-feira (16/05), as testemunhas de acusação do processo dos cinco rapazes que agrediram o jovem Vitor Suarez Cunha, quando ele tentou defender um morador de rua que estaria sendo agredido pelo grupo.

O primeiro a ser ouvido foi Vítor. Ele contou que estava em um bar com o amigo Cleber e outros conhecidos e, ao sair, viu um grupo chutando um morador de rua que estava há horas deitado como se estivesse em coma alcoólico. Ele e Cleber, então, se aproximaram e pediram para os rapazes pararem, começando a discutir com o réu Tadeu Assad Ferreira, quando levou um soco. “Comecei a sentir socos de todas as direções e fui imobilizado pelo Tadeu. Quando caí no chão, além dos socos começaram também os chutes. Eu desmaiei e quando acordei ainda estava apanhando”, contou Vitor.

Ainda de acordo com a vítima, o réu Rafael Maiolino não o agrediu, mas ficou segurando seu amigo Cleber para que este não o ajudasse a se defender. Quanto aos outros réus, ele afirma que tem certeza de que foi agredido por William Bonfim Freitas, mas não se lembra da participação de Edson Luis e de Fellipe de Melo nas agressões, apesar de afirmar que eles estavam lá.

Quanto às seqüelas, Vitor contou que sofreu 20 fraturas na face, precisou fazer um enxerto ósseo, colocar 63 parafusos e duas telas no rosto, teve o braço quebrado, além de ter corrido o risco de perder a visão do olho direito. Até a última segunda-feira, dia 14, por recomendação médica, ele ainda estava impossibilitado de trabalhar e estudar, não podia dirigir, pegar sol, enfim, ter uma vida normal.

Ainda estão previstas para serem ouvidas cinco testemunhas do Ministério Público e 16 arroladas pelas defesas dos cinco acusados.

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