Elize Matsunaga é transferida para o Complexo Penitenciário de Tremembé em São Paulo

Na tarde desta quarta-feira (20/06) Elize Matsunaga deixou a Cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo e foi transferida para o Complexo Penitenciário de Tremembé, no interior do Estado. A mulher, acusada de matar e esquartejar o executivo da Yoki, Marcos Matsunaga está presa desde o último dia 5. Elize confessou o crime no interrogatório no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e afirmou que matou após uma discussão por ciúme.
O Complexo Penitenciário de Tremembé é famoso por ter entre seus detentos acusados de crimes que tiveram repercussão nacional, como a ex-universitária Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais; Lindemberg Alves, assassino da jovem Eloá e o casal Nardoni, condenado pela morte da menina Isabella Nardoni.
Motivação financeira
O promotor do caso, José Carlos Cosenzo, contestou a versão de crime passional apresentada pela acusada. Ele afirmou, na terça-feira (19), que a mulher assassinou o marido por dinheiro. Na avaliação dele, o crime teria sido premeditado desde o momento em que Elize contratou um detetive para flagrar o marido com a amante. Para Cosenzo, ficou claro que ela não queria perder o casamento e o status social que adquiriu com ele.
Cosenzo denunciou a acusada por homicídio doloso (quando há intenção de matar) triplamente qualificado, já que teria sido praticado por motivo torpe, de forma cruel e sem dar chance de defesa ao empresário. O promotor viu como agravante o fato de a autora do crime ter sido casada com a vítima. Elize também foi denunciada por ocultação de cadáver.
O Ministério Público estima que a pena dela possa chegar a 35 anos de reclusão.
Reviravolta e dúvidas
A divulgação do laudo necroscópico do IML (Instituto Médico Legal), na semana passada, provocou uma reviravolta no caso. Segundo a conclusão do médico legista Jorge Pereira, a trajetória da bala que atingiu a cabeça de Marcos foi de cima para baixo, contrariando a versão apresentada pela mulher do empresário em seu depoimento. Ela afirmou que atirou na vítima, quando ambos estavam de pé, após levar um tapa durante uma discussão por ciúme. Como tem estatura menor que a de Marcos, se o depoimento fosse verdadeiro, a trajetória da bala teria que ser, necessariamente, de baixo para cima.
Outra contradição levantada pelo perito foi quanto ao esquartejamento. De acordo com Elize, após atirar no marido, ela deixou o corpo dele por dez horas no quarto de hóspedes antes de começar a cortá-lo. Isto só teria ocorrido, de acordo com ela, quando o executivo já estava morto.
A perícia, no entanto, mostrou que o empresário morreu por traumatismo craniano, provocado pelo tiro, associado à asfixia por ter aspirado sangue durante a decapitação.
(*) Com informações do R7 e Agências
Leia ainda:
Elize Matsunaga é transferida para o Complexo Penitenciário de Tremembé em São Paulo
Caso Matsunaga: Justiça de São Paulo aceita denúncia e decreta prisão preventiva de Elize
Caso Matsunaga: Ministério Público vai pedir prisão preventiva de Elize
Caso Yoki: Elize Matsunaga decapitou o empresário ainda vivo, diz laudo
Caso Matsunaga: Polícia ainda procura faca do crime
Mulher de Marcos Matsunaga confessa ter matado e esquartejado o empresário
Leia Mais Notícias Clicando Aqui
Related News

36º BPM com sede em Pádua se destaca com ações de combate a marginalidade em 2018
O 36º BPM, com que tem a sua sede em Santo Antônio de Pádua, noRead More

Duas pessoas ficam feridas em acidente na BR-356
O motorista de um Ford EcoSport de Macaé/RJ perdeu o controle do veículo no kmRead More
Comments are Closed