Main Menu

Atirador invade sede de emissora de TV síria e mata sete pessoas


 Interior de um escritório do governo de Bashar Al Assad fica completamente destruído na cidade de Al-Hafa
Interior de um escritório do governo de Bashar Al Assad fica completamente destruído na cidade de Al-Hafa

No mais novo episódio da violência na Síria, um atirador invadiu uma emissora de TV estatal pró-governo e matou sete pessoas no sul da capital do país, Damasco. Jornalistas e seguranças são a maioria das vítimas. Segundo informações da imprensa síria, a sede do canal de televisão governista Ikhbariya também foi incendiada. Imagens do edifício em chamas foram transmitidas nos principais meios de comunicação do país.

Segundo o ministro da comunicação da Síria, Adnan Mahmoud, que visitou o local da tragédia, as vítimas foram amarradas e mortas “a sangue frio”.

O ataque ocorreu horas depois de o presidente sírio, Bashar Al Assad, ter reconhecido que o país vive um “estado real de guerra”.

Forças sírias disparam em refugiados e detêm civis na fronteira

As forças do regime sírio atiram de forma indiscriminada e prendem civis que tentam atravessar a fronteira e se refugiar em países vizinhos, denunciou nesta quarta-feira a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW).

Em um relatório, o grupo exigiu às autoridades sírias que deem fim a essas práticas e respeitem o direito dos cidadãos de abandonar o país.

A HRW entrevistou neste mês, na Jordânia, 20 refugiados sírios que escaparam do país em grupos de até 200 pessoas e acompanhados por membros do insurgente Exército Livre Sírio (ELS).

Enquanto esses grupos tentavam atravessar a fronteira, ao menos três civis morreram e 11 ficaram feridos por disparos de franco-atiradores, que abriram fogo sem avisar a uma distância de cerca de 200 metros, segundo o testemunho dos refugiados.

A maioria dos deles relatou que quando tentavam abandonar o país, soldados chegavam a pé e em caminhões perto da fronteira e começavam a disparar.

Os membros do ELS evitaram responder à ofensiva, para que os civis não fossem atingidos no fogo cruzado, mas em alguns momentos abriram fogo para que as forças do regime não se aproximassem do lugar, acrescentaram as testemunhas.

Além disso, os efetivos sírios detiveram cerca de 170 civis, dos quais 100 eram mulheres e crianças que estão desaparecidas.

“A Síria diz que está combatendo grupos terroristas, mas suas forças na fronteira disparam contra todos que tentam atravessar para outro país”, denunciou o investigador da HRW Gerry Simpson.

O funcionário da ONG acusou o regime de violar o direito à vida dos sírios e de abandonar seu próprio país para buscar refúgio em outro.

A organização contactou um desertor do Exército sírio não identificado que disse ter recebido ordens de disparar em quem tentasse atravessar a fronteira por áreas onde não houvesse postos oficiais.

Uma mãe de cinco filhos descreveu à HRW como foi capturada após presenciar um intenso tiroteio quando tentava fugir com um grupo de 250 pessoas, embora depois tenha conseguido se refugiar na Jordânia, assim que foi liberada.

Um jovem sírio confessou ter viajado de noite com a ajuda de desertores e beduínos até a Jordânia, onde o exército local oferece ajuda aos refugiados.

Síria e Jordânia compartilham uma fronteira de cerca de 375 quilômetros, em sua maior parte tendo desertos de ambos os lados, o que faz com que as tentativas de atravessá-la se concentrem em um trecho de 100 quilômetros ao noroeste da Jordânia.

No único posto fronteiriço nessa área, as forças sírias impediram o cruzamento de muitas pessoas sem manifestar nenhum motivo, relatam vários refugiados entrevistados.

Desde o início da revolta popular contra o regime sírio em março de 2011, mais de 26 mil refugiados sírios foram registrados na Jordânia, lembrou o grupo de direitos humanos.

Leia Mais Notícias Clicando Aqui










Comments are Closed