O embaixador dos Estados Unidos na Líbia, J. Christopher Stevens, foi morto em um ataque com foguete no consulado dos EUA na cidade de Benghazi nesta terça-feira (11/09), a informação foi confirmada pelo presidente Obama na manhã desta quarta-feira (12).

“Condeno veementemente o ataque ultrajante em nossa unidade diplomática em Benghazi, que tirou a vida de quatro norte-americanos, incluindo o embaixador Chris Stevens”, disse Obama em um comunicado.

“Chris foi um representante dos Estados Unidos corajoso e exemplar “, disse Obama.

As outras três vítimas eram da segurança pessoal do embaixador, disse um dos empregados da missão, que pediu para não ser identificado por razões de segurança. Ele disse que viu todos os quatro corpos na manhã desta quarta na rua.

Segundo o vice-ministro do Interior da Líbia Wanis al-Sharif, uma “multidão enfurecida” marchou em direção ao consulado na terça-feira, irritados com um filme exibido online considerado ofensivo ao Islã, disse quarta-feira. A missão dos EUA no Egito também foi atacada em resposta ao filme.

Al-Sharif disse ainda que o pessoal da segurança do consulado abriu fogo quando ouviram tiros do lado de fora da missão.

“Isso levou a raiva aumentar de proporções e então o consulado foi atacado”, disse ele, sugerindo que havia elementos leais ao regime deposto de ditador Muamar Kadafi com o objetivo de criar o caos entre os manifestantes.

“Os criminosos conseguiram entrar e eles queimaram e saquearam o consulado”.

A missão dos EUA está muito danificada segundo informou Vice-Primeiro Ministro líbio Mustafa Abushagur. Ele disse que Stevens foi um amigo da Líbia, e que estava chocado com os ataques do consulado dos EUA em Benghazi.

“Eu condeno estes atos bárbaros nos termos mais fortes possíveis. Este é um ataque aos Estados Unidos, Líbia e as pessoas livres em todos os lugares”, disse Abushagur no Twitter.

Líbios também foram mortos, informou o empregado do consulado, dizendo que as vítimas foram baleadas no local.

O governo da Líbia, condenou o ataque como um “ato criminoso e covarde” e prometeu “perseguir os criminosos para manter a segurança do país e para a segurança dos seus habitantes”, disse a agência de notícias oficial da Líbia LANA.

Stevens foi o enviado americano para o movimento rebelde líbio que derrubou Kadafi no ano passado, com base na capital rebelde de Benghazi. Ele estava entre os primeiros diplomatas americanos enviados para a Líbia em 2007, quando os Estados Unidos retomou os laços com o regime de Kadafi.

A última vez que um embaixador americano foi morto por terroristas foi em 1979, quando o enviado ao Afeganistão, Adolph Dubs, foi sequestrado e morto durante uma tentativa de resgatá-lo.

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