Rio de Janeiro inaugura 28ª Unidade de Polícia Pacificadora – UPP, na comunidade da Rocinha
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O governador Sérgio Cabral inaugurou, na manhã desta quinta-feira (20/9), a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio. Auxiliados por câmeras, que serão distribuídas pelos cerca de 840 mil metros quadrados da maior comunidade do Brasil, 700 policiais militares vão patrulhar as 25 subcomunidades, consolidando o processo de pacificação iniciado no ano passado, que beneficia mais de 69 mil moradores. A solenidade de inauguração aconteceu na Praça Ailton Rosa.
– Conquistamos mais este território com nossa política de seguranca. A população respira um novo ar, uma nova vida, desde que as forcas de pacificação entraram na Rocinha, em novembro de 2011. Mas temos que estar permanentemente atentos, e contamos com o esmagador apoio da população – disse o governador, ressaltando a importância econômica da comunidade, que tem o maior PIB da cidade do Rio de Janeiro.
Patrulhada por um efetivo de 408 homens de diversos batalhões operacionais da Polícia Militar (Bope, BpChoque e Batalhão de Ações com Cães) desde março de 2012, sob o comando do major Edson Santos, de 38 anos, a Rocinha terá no comando da UPP o major Edson, que continuará desenvolvendo o trabalho que já vinha realizando, com viés na busca da proximidade com os moradores.
A 28ª UPP do Estado contará com uma sede própria que será construída no Parque Ecológico e com mais oito bases avançadas, que ficarão espalhadas em pontos estratégicos da comunidade. Hoje, três bases já estão instaladas e em funcionamento: duas na Rua Dois e uma na localidade conhecida como Cachopa.
– A retomada é permanente e a polícia foi mais uma facilitadora nesse processo. Para preservar vidas e liberdades, função principal dos agentes policiais, não vamos medir esforços e por isso estamos muito motivados com a oportunidade de estabelecer a proximidade com a população da maior favela do Brasil – afirmou o coronel Rogério Seabra, coordenador geral das UPPs.
De acordo com Seabra, a complexidade topográfica da Rocinha – 92,5% do território não são acessíveis por veículos de quatro rodas -, a polícia redimensionou o policiamento, para que parte dos policiais possa fazer o patrulhamento a pé.
Beltrame: “A missão da pacificação é eterna”
Comerciante aposentado, Manuel Oliveira Veríssimo, de 75 anos, já viu várias fases da Rocinha. Desde quando chegou ao Rio, do Ceará, e se instalou na comunidade, em 1958, até o momento, quando grande parte de sua família vive no local. Para ele, a presença do Estado é uma mudança que traz tranquilidade aos moradores e inibe atividades ilícitas. Ele rebate o argumento de alguns comerciantes, segundo os quais o faturamento diminuiu depois da ocupação das forças de pacificação, afirmando que grande parte do dinheiro que circulava era do tráfico.
– A mudança tem que ser gradual, porque tem muita coisa para consertar aqui dentro. Mas a tendência é que a própria massa sem lei veja que não tem mais espaço para agir. Agora, as pessoas não podem fazer o que quiserem, quando quiserem. Existe uma autoridade presente – disse Veríssimo.
Segundo o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o trabalho tem que ser de acompanhamento, de antecipação de problemas, vigilância e treinamento de policiais.
– A missão da pacificação é eterna, isso se conquista todos os dias. É um trabalho que não termina nunca. Sedimentar o processo é o mais difícil, e depende da polícia e da comunidade – afirmou Beltrame.
Perfil dos comandantes
O major Edson dos Santos está na Polícia Militar há 12 anos. Antes de ser escolhido para comandar a UPP Rocinha, ele foi comandante da ocupação na comunidade e trabalhou no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Passou pelo 20º BPM (Mesquita) e pela Academia de Polícia Dom João VI, antes de se tornar um dos coordenadores do Projeto Lei Seca.
O subcomandante da UPP Rocinha é o tenente Neyfson Rodrigues Borges, de 30 anos, há quatro anos a serviço da polícia. Após concluir o Curso de Formação de Oficiais (CFO) foi para o Bope, onde ficou por um ano. Atualmente, Neyson cursa Defesa de Gestão Estratégica Internacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Ambos possuem pontos em comum nas suas trajetórias policiais: foram aprovados em 1º lugar no CFO e tiveram atuações destacadas no Bope. O major Edson foi 1º lugar no Curso de Operações Especiais (COESP) e o tenente Neyfson esteve à frente do setor de Reserva de Armamentos do Bope.
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