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Estudante confessa que matou colega de quarto, porque sofria bullying, diz Polícia do Rio de Janeiro


José Leandro Pinheiro foi morto com facadas e o suspeito pela morte é um colega de quarto
José Leandro Pinheiro foi morto com facadas e o suspeito pela morte é um colega de quarto

O estudante Bruno Eusébio dos Santos, de 26 anos, que está detido na Divisão de Homicídios (DH) no Rio de Janeiro, segundo a Polícia carioca confessou ter matado o colega de quarto José Leandro Pinheiro, de 21 anos. Suspeito pelo assassinato, Bruno disse aos policiais que cometeu o crime porque sofria bullying. Os dois dividiam o mesmo quarto em uma república de estudantes no Horto, na Zona Sul do Rio. Neste sábado (27), segundo o delegado Rivaldo Barbosa, responsável pelas investigações, ele deverá ser transferido para o sistema penitenciário de Bangu 2.

Ainda de acordo com a polícia, o estudante contou que estava sob efeito de tranquilizantes, além de ter ingerido refrigerante com vodca. Bruno disse ainda que não se lembra de muitos detalhes do assassinato, e que tomou mais remédios depois de matar o colega, na tentativa de tirar a própria vida.

O jovem tinha os medicamentos em casa porque, em agosto deste ano, havia se consultado com dois psiquiatras, que os teriam receitado. No local do crime, os policiais encontraram dois frascos de antidepressivos.
“Ele [Bruno] disse que era muito provocado por seus colegas e chegou em um nível de estresse muito grande. Nesse momento, ele explodiu, pegou a faca e a pedra e matou o colega, que ainda estava dormindo”, explicou o delegado Rivaldo Barbosa.

Amigos desconhecem bullying

Em relação ao bullying, o delegado ressaltou que o estudante não explicou que tipo de ataque sofria. Bruno confessou o crime na presença dos pais, que chegaram nesta sexta de Sergipe, onde vivem e onde nasceu o estudante, no município de Malhador.

“Ouvimos os 13 moradores da república e nenhum deles apontou que o jovem sofria bullying, mas todos disseram que ele era muito introspectivo, calado e estudava sempre com fone de ouvido”, disse Rivaldo. Bruno deve ser encaminhado para o presídio de Bangu 2, onde passará por uma triagem que vai definir em qual penitenciária ele vai cumprir pena.

Segundo Alessandra Pinheiro, tia da vítima, o jovem era muito respeitador e vivia apenas para os estudos.”Ele era um jovem doce, carinhoso, não tinha vício em drogas nem em bebidas. A vida dele era completamente voltada para os estudos. Estamos tentando ser fortes na medida do possível”, relatou Alessandra, que está hospedada em um hotel no Rio com o pai de Bruno, Nestor Pinheiro.

Pai pede desculpas

Após a confissão, o pai de Bruno, o operador de produção José Elivaldo dos Santos, 53 anos, se desculpou com os parentes da vítima. “Eu quero pedir desculpas aos familiares do José Leandro, que estão sofrendo muito, assim como também estou sofrendo pelo meu filho”, disse, acrescentando que o rapaz era tão estudioso que pouco aproveitava a juventude. “Ele era de poucos amigos e não tinha costume de ir a festas ou sair à noite”, comentou o pai.
Na manhã de quinta-feira (25), José Leandro foi encontrado na cama, com marcas de pedrada na cabeça e quatro facadas, duas no peito e duas na barriga. Bruno estava desacordado na cozinha da república, com marcas de sangue. Ele foi levado para o Hospital Miguel Couto, na Zona Sul, de onde saiu, já algemado, para a DH, à 1h desta sexta. Ao chegar, se manteve calado e fora de seu estado normal, segundo a polícia. Foi preciso a presença de uma psicóloga e dos pais do rapaz para ajudar no depoimento.

(*) Com informações do G1

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