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Eleição nos EUA: Eleito sob a expectativa da mudança, Obama tenta reeleição

 
 
Eleição nos EUA: Eleito sob a expectativa da mudança, Obama tenta reeleição
Eleição nos EUA: Eleito sob a expectativa da mudança, Obama tenta reeleição

Filho de um economista queniano e de uma antropóloga do Kansas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de 51 anos, tenta a reeleição com o lema baseado na palavra mudança. Em 2008, as palavras de ordem dele eram “Yes, we can” (Sim, nós podemos) e “Hope” (esperança). A eleição de Obama, que nasceu em Honolulu (Hawai), foi considerada um divisor de águas, por ser o primeiro negro na Presidência da República e por seu discurso inovador e progressista.

Com fama de ser um advogado que atuava em defesa da comunidade mais carente e dos direitos civis, Obama criou expectativa entre os mais pobres e os imigrantes nos Estados Unidos, além das mulheres.

Porém, em quatro anos de governo, o presidente esbarrou em numerosas dificuldades, principalmente impostas pelo Parlamento. Ele aposta no incentivo à economia por meio de mais mais impostos para os ricos e menor dependência do petróleo, além da geração de emprego e renda.

Paralelamente, Obama é cobrado pela comunidade latina por reforma nas leis de imigração e o fim da prisão de Guantánamo, em Cuba. Os pacifistas defendem a redução da participação dos norte-americanos em combates, como no Afeganistão. Progressista, carismático, com sentido de justiça, defensor da união e da reconciliação, Obama reconheceu que errou ao não ter se aproximado mais dos cidadãos.

Romney quer ser primeiro presidente mórmon da história dos Estados Unidos

O candidato republicano Mitt Romney, de 65 anos, quer ser o primeiro chefe de Estado norte-americano da religião mórmon. Foi designado representante do Partido Republicano, depois de vencer os rivais. Para Romney, que governou o estado de Massachusetts (no Nordeste do país) por cinco anos, a conquista da Casa Branca pode ser o resultado de uma trajetória de vitórias.

O lema de campanha dele é “Believe in America” (Acreditar na América). Apresentando-se como um empresário bem-sucedido, Romney insiste no discurso de que não é um político de carreira. Com isso, quer mostrar que conhece o funcionamento da economia.

Nas últimas semanas, em uma estratégia de conquista dos eleitores indecisos, Romney tentou minimizar o discurso sobre imigração, elevação de impostos e direitos reprodutivos da mulher. De uma família tradicional, política e religiosa, ele se apresenta aos norte-americanos como pai, que conserva a fé e o patriotismo.

Como governador do estado de Massachusetts em 2002, conseguiu reduzir um déficit de US$ 3 bilhões e conseguiu a aprovação de uma lei considerada polêmica sobre a cobertura de cuidados médicos para a maioria da população de Massachusetts. Os amigos de Romney elogiam o seu pragmatismo e a capacidade de identificar soluções por meio do consenso.

Votos dos imigrantes latinos na Flórida podem ser decisivos para eleição

A cidade de Miami, na Flórida, atrai imigrantes em busca de uma vida melhor. A maioria da população local é formada por brancos, o equivalente a 57%. Os negros, denominados afro-americanos, representam 15% e o restante – os latinos – equivale a 22% da população. O cenário multifacetado, de idiomas variados, define a miscelânia de opiniões e ideologias. Mas, nas ruas, os eleitores demonstram pouco interesse em votar.

Em conversas nos restaurantes e nas lojas percebe-se que a preocupação com as eleições não está entre as prioridades dos moradores da Flórida. Um exemplo é a venezuelana Tal Doar, que é dona de uma loja de bebidas em Miami. Apesar de ter a cidadania norte-americana, Tal Doar disse que não vai votar.

“Não sinto que os [principais] candidatos [Obama e o republicano Mitt Romney] vão fazer alguma coisa por mim. Com Obama, não teve progresso, mesmo como presidente, já há anos, e Mitt Romney não mostrou nada de interessante”, disse a venezuelana Tal Doar.

Sem indicar se votará nestas eleições, o chileno Ricardo Gaete também é um dos muitos imigrantes que vieram tentar a sorte em Miami há 12 anos. Gaete trabalhou em hotéis até perder o emprego durante a crise econômica de 2008. Atualmente, é dono do seu próprio negócio, uma agência de turismo. Segundo ele, o governo do presidente norte-americano Barack Obama melhorou a situação do país.

O cientista político Casey Klosftad, da Universidade de Miami, disse que o “grande desafio” para os comitês de campanha dos candidatos não é identificar apenas quem os latinos vão escolher, mas principalmente quantos de fato vão votar. O cientista político lembra que nas eleições norte-americanas o voto não é obrigatório e quem decide votar, em geral, enfrenta longas filas.

Com 29 votos no colégio eleitoral, a Flórida é o maior dos chamados swing states – estados em que os eleitores ainda estão indecisos sobre qual candidato apoiar. Nas quatro últimas eleições, a Flórida se dividiu entre republicanos e democratas, com duas vitórias para cada partido, e o fator decisivo tem sido o voto dos latinos.

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