Na cidade de Jales, interior do Estado de São Paulo, Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão preventiva de médicos que estão sendo acusados de terem feito cobrança em serviços de cirurgias, principalmente cesarianas, que eram pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo oito médicos estão envolvidos no esquema de cobrança indevida

De acordo com informações do MPF, os médicos realizaram também cirurgias de esterilização feminina, como laqueadura de trompas, fora dos parâmetros legais, o que é considerado crime.

As investigações começaram há cerca de dois anos a partir de denúncias de pacientes. Os médicos tinham uma tabela que girava em torno de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil por cirurgia.

De acordo com o procurador da República em Jales, Thiago Lacerda Nobre, autor da denúncia, o MPF apurou que grávidas sem condições de pagar pela cesárea tiveram o parto atrasado e, em pelo menos dois casos, os bebês nasceram mortos.

O MPF informa que a prisão preventiva tem o objetivo de impedir que os suspeitos pratiquem outros crimes e, ao mesmo tempo, garantir segurança à população que precisa de atendimento médico.

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