Pai do menino Felipe Bichara, morto em Barra do Piraí, presta depoimento sobre o crime
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Na manhã desta terça-feira (02/04) compareceu na 88ª DP (Barra do Piraí), Heraldo Bichara Jr, pai do menino Felipe Bichara, de 6 anos, que foi assassinado na cidade de Barra do Piraí, no Sul Fluminense. Ele chegou junto com a esposa, Aline Santana. Heraldo vai dar informações ao delegado José Omena sobre a morte do filho, que foi sequestrado e morto em um quarto de hotel pela manicure Susana do Carmo Figueiredo no dia 25 de março.
Segundo o advogado Bruno Tavares, não houve qualquer tipo de instrução, pois o pai da criança dará os esclarecimentos necessários e responderá a todas as perguntas do delegado. “Ele está muito abalado, pois a situação é muito difícil”, ressaltou Tavares. O delegado espera que o depoimento de Heraldo ajude a esclarecer o que levou a manicure a matar a criança.
Na segunda-feira (1°), a polícia ouviu os depoimentos de Simone de Oliveira, mãe de Susana do Carmo Figueiredo, que confessou ter matado o menino. Simone entregou anotações em um caderno, com detalhes de um plano de sequestro feito pela manicure. Em seguida foi a vez de um ex-namorado de Susana depor. Maicon Santiago Olimpio, de 25 anos, contou detalhes do relacionamento e lembrou que ela dizia odiar a criança e era assediada pelo pai da vítima, Heraldo Bichara Júnior.
“Quando eu morava com ela, ela era maneira. Isso tem entre um ano e 10 meses. Ela falava comigo que o marido da Aline [mãe de João] ficava assediando ela. Se é mentira ou verdade, eu não sei. Ela falava que ia continuar fazendo unha. Eu não vi, então não me sentia traído. Ela falava que não tinha nada com ele”, disse Maicon, na delegacia. “Falava que odiava o filho dela [de Aline], que ele batia nela, que se fosse filho dela iria dar uns tapas. Eu falava pra ela sair, mas ela dizia que precisava”, acrescentou.
Exame de gravidez
Entre os pertences de Susana, foi encontrado um exame de gravidez, com data de outubro de 2012. A mãe não disse se houve aborto, mas informou que teria engravidado de um homem a quem chamava de “Coroa”. Segundo Omena, a mãe falou que ele teria ameaçado ela por conta da gravidez.
De acordo com o ex-namorado, ela dizia que o filho era dele. “Ela falou que era meu, mas pode ter dito que era do Ícaro [outro ex-namorado] também, e sei lá de mais quem. Quando terminei com ela soube que ela tinha um monte de homem. Tem mais de 11 meses que não tenho mais nada com ela.”
Mãe revela plano de sequestro
A mãe da manicure apresentou ao delegado José Mario Omena, na manhã desta segunda, uma carta detalhada em que a manicure revela o plano de sequestrar uma criança e pedir R$ 300 mil de resgate. “Pelo contexto, só pode ser do João”, afirmou Omena.
Segundo o delegado, na carta feita em duas folhas de caderno, a manicure descreveu o plano, detalhando que ligaria para escola, pegaria a vítima e reservaria o quarto de hotel. Durante a descrição da contabilidade, em momento algum, segundo Omena, Susana menciona pagamento a terceiros, reforçando a tese de que ela agiu sozinha. “Se ela ia pedir resgate depois, a gente não deu tempo para isso, pois ela ia pedir com a criança morta mesmo”, disse.
No dia do crime, Susana ligou para a escola onde João estudava se passando pela mãe dele, pediu que a criança fosse liberado da aula e o levou de táxi até um hotel, onde teria asfixiado o menino. O corpo foi achado em uma mala, na casa da manicure. O motivo ainda não ficou claro para a polícia, já que a manicure contou versões variadas da história.
A carta feita em duas folhas de papel foi encontrada na casa da manicure, mas, para o delegado, mesmo com os detalhes do plano de sequestro, Susana não tinha intenção de devolver o menino. “Em momento algum ela pensou em devolver a criança para a família. Uma coisa que me causou estranheza foi ela escrever para si mesma”, disse Omena, ressaltando que vai analisar as ligações feitas e recebidas no celular da manicure.
A pena para sequestro com morte é maior do que homicídio qualificado, segundo o delegado. “Extorsão mediante sequestro com morte é a maior pena mínima, 24 a 30 anos”, afirmou ele, acrescentando que para homicídio a pena mínima é de 12 anos e máxima 30 anos.
(*) Com informações do G1
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