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População se revolta em Retiro do Muriaé com podas fora do padrão das árvores

 
 

População se revolta em Retiro do Muriaé com podas fora do padrão das árvores

Os moradores de Retiro do Muriaé, distrito de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, estão revoltados com as podas que estão sendo feitas nas árvores da Avenida Coronel Macário, a principal via daquela localidade. O corte sem acompanhamento técnico tem causado danos que podem ser irreparáveis as espécies que, muitas delas, foram plantadas pelos próprios habitantes.

“Já foram cortadas vinte e uma árvores, eu acho muito, e foram alguns moradores que pagaram para cortar. Pagaram quarenta reais cada e querem que a Prefeitura tirem os galhos e folhas”, disse um dos moradores que está revoltado com a situação.

Pelas fotos do Google Mapas é possível verificar a importância da vegetação cortada
Pelas fotos do Google Mapas é possível verificar a importância da vegetação cortada

Pela foto publicada pelo Google Mapas podem ser vistas as árvores da espécie Oiti, sadias e que em dias quentes servem de abrigo para os que residem em Retiro do Muriaé em suas caminhadas ou mesmo para horas de descanso.

“Convocamos todas as autoridades para nos ajudar nessa batalha, pra evitar que cortem mais árvores, pois muitas delas foi eu, uns amigos e minha mãe que plantamos e cuidamos, foram anos e anos pra formar” lamenta o morador.

O Código Florestal prevê pena de detenção de três meses a um ano ou multa para quem matar, lesar ou maltratar, plantas de ornamentação de vias públicas.

A poda sem acompanhamento técnico é criticada pelos especialistas, pois podem levar danos que podem ser irrecuperáveis para a planta.

“Esse corte pode retardar o crescimento da planta, e os galhos quebrados possibilitam o surgimento de fungos que atacam a planta”, diz o especialista em arborização Marcelo Vieira Ferraz.

A importância da vegetação urbana

As árvores de ruas fazem parte de um ramo da silvicultura que se chama Silvicultura Urbana, cujo objetivo é o cultivo e manejo de árvores para a contribuição atual e potencial ao bem estar fisiológico, social e econômico da sociedade urbana. No sentido mais amplo, a Silvicultura Urbana envolve desde o estudo de habitats para a fauna, recreação, paisagismo, reciclagem dos resíduos orgânicos, cuidados com as árvores em geral, até a produção de fibras. Portanto, a Silvicultura Urbana é uma junção da arboricultura, horticultura ornamental e o manejo ou ordenamento florestal.

A Oiti é uma espécie fornecedora de ótima sombra, devido a sua copa frondosa, com folhas que variam do amarelo ao verde intenso, possui elevado valor ornamental e é muito utilizada na arborização urbana de cidades. Possui madeira de boa durabilidade, e por isso é perfeita para o plantio em praças avenidas e jardins, além de ser recomenda para reflorestamento misto de área degradas.

O Secretário do Meio Ambiente Carlos Magno Braga de Souza, está no Rio de Janeiro e não foi possível o contato com ele para falar sobre o assunto. Os telefones da SMMA estão desligados, pois o órgão saiu da Av. Cel Luiz Ferraz no Centro da Cidade e foi para o Mercado Produtor na BR 356. Mas segundo informações de um dos funcionário da Secretaria do Meio Ambiente, os fiscais estiveram no local nesta segunda-feira (06) e notificaram o “responsável” pelo corte irregular das árvores públicas que deverá responder pelos cortes indevidos e parar imediatamente com o ato nocivo ao meio ambiente.

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