Paciente atingida por arpão tem prognóstico de sucesso no Hospital Regional de Araruama
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A moradora de Arraial do Cabo Elisangela Borborema Rosa, de 28 anos, viveu um verdadeiro milagre na noite da última segunda-feira, 06 de maio. Segundo a família, ela estava na cozinha de sua casa quando foi atingida por um arpão de caça submarina que era manuseado pelo marido na sala. O equipamento entrou pela mandíbula de Elisangela e a ponta ficou alojada na coluna cervical. Levada para um hospital de Arraial do Cabo, a paciente foi transferida em seguida para o Hospital Regional de Araruama. Lá, foi atendida por uma equipe que incluiu especialistas em Neurocirurgia, Cirurgia Vascular, Geral, Plástica e Bucomaxilofacial. Menos de 24 horas após a cirurgia, Elisangela passa bem e tem um grande prognóstico que fique sem nenhuma sequela.
– Esse é o primeiro caso desse tipo que atendo aqui no hospital. A peculiaridade do acidente é que a ponta do arpão penetrou a região entre o canal anterior vertebral e o canal da medula. Caso o objeto atingisse apenas 1 centímetro para dentro, a paciente ficaria tetraplégica; se atingisse 1 centímetro para fora, alcançaria uma artéria que irriga o cérebro, levando-a a óbito – explica Allan da Costa, neurocirurgião que operou Elisangela.
Segundo o médico, somente nas próximas 48 horas será possível avaliar se a paciente ficará ou não com alguma sequela.
– Ela está movimentando os dois lados, mas com pouca força no lado direito. Precisamos esperar a suspensão da sedação e retirar a traqueostomia para fazer uma avaliação completa. Se tudo der certo, ela terá alta em uma semana – conta Allan.
Outro caso de sucesso com arpão – Em março de 2009, outra vítima de um acidente com arpão foi atendida com sucesso em uma unidade da rede estadual de saúde. O pintor de automóveis Emerson de Oliveira Abreu teve a cabeça perfurada por um arpão enquanto praticava caça submarina. Um amigo, que o acompanhava de um barco, viu quando ele se feriu embaixo d’água e pediu ajuda. Bombeiros do Grupamento de Socorro de Emergência prestaram os primeiros-socorros e levaram o mergulhador para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, onde ele foi submetido a uma delicada cirurgia para a retirada da arma. O arpão penetrou 25 centímetros da região frontal direita do cérebro do paciente.
Na época, o médico que realizou a cirurgia afirmou que o paciente não perdeu a visão por milímetros.
– A lança passou por trás do globo ocular, perto do nervo ótico. Havia muito edema na região orbital. O arpão passou perto da artéria que vasculariza o cérebro, a carótida. Se ela fosse atingida, dificilmente ele sobreviveria – explicou neurocirurgião Manoel Moreira.
Foram 10 dias de internação sem a necessidade de uma segunda cirurgia. De lá pra cá, Emerson voltou a trabalhar e leva uma vida normal e produtiva.
(*) Com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde
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