Casos de doença transmitida por gato aumenta no Rio de Janeiro
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Nos últimos 15 anos, pelo menos 4 mil pessoas contraíram no Estado do rio de Janeiro a esporotricose, doença transmitida por gatos; A informação é do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A doença que causa feridas na pele que não cicatrizam, foram tratadas na instituição. O agente causador é o fungo Sporothrix schenckii, transmitido devido à falta de assistência veterinária e controle de profilaxia do animal.
A maioria dos casos é de moradores de municípios da Baixada Fluminense e, mais recentemente tem acometido pessoas da zona oeste do Rio. Classicamente, a doença, também conhecida como doença do jardineiro, é adquirida por meio de materiais contaminados e atinge principalmente jardineiros, agricultores e floristas.
De acordo com o médico Antonio Carlos Francesconi do Valle, pesquisador da Fiocruz, a doença já foi considerada rara no estado, mas nos últimos anos o Ipec constatou um número alto de gatos contaminados.
“A equipe do Ipec verificou que cerca de 85% dos pacientes não contraíram a doença pela forma clássica e, sim, por meio de mordidas, arranhões ou outros contatos com gatos doentes. O dado chama a atenção, porque durante muito tempo a esporotricose felina foi considerada rara. Porém, nos últimos sete anos, foram diagnosticados no Ipec mais de 1.500 gatos com esporotricose provenientes do Rio”.
De acordo com o dermatologista, o paciente com sintomas da esporotricose deve procurar um posto médico e iniciar o tratamento nas unidades que oferecem esse tipo de tratamento.
“Primeiramente não devemos falar que os gatos são os grandes vilões. A doença pode pegar em humanos por meio de contato com animais ou pelo solo contaminado. Para ser contaminado precisa ter um agravo, seja um furo ou uma arranhadura na pele. O paciente diagnosticado precisa tomar um medicamento disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde [SUS] e se submeter a um tratamento de, no mínimo, três meses”, disse Francesconi.
Para o pesquisador, as lesões causadas pela doença, dependendo da área do corpo, deixam a pessoa com a autoestima baixa, pois “os nódulos aparentes são feios, parecidos com um tecido cicatricial”. Segundo ele, a lesão na pele começa como um pequeno caroço avermelhado, que, com o passar do tempo, fica mole, libera uma secreção purulenta e se transforma em uma ferida. A ferida, que quase sempre aparece nas mãos, braços ou pernas, pode originar outras, em uma espécie de rastro a partir da lesão inicial.
Nos pacientes atendidos no Ipec, de acordo Francesconi, têm sido observadas manifestações raras de esporotricose, como feridas com múltiplas localizações, inclusive com vários trajetos, e lesões nas mucosas da boca, do nariz e dos olhos. Entre as unidades de saúde que oferecem atendimento estão a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro e a Fundação Oswaldo Cruz.
(*) Com informações da Agência Brasil
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