Idosa não morreu por injeção de café com leite na veia e sim por infecção pulmonar e urinária, diz laudo
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Pedido pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren), o laudo cadavérico da idosa de 80 anos, que morreu após suposta injeção de café com leite na veia, no PAM (Posto de Atendimento Médico) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, em outubro de 2012, revela que ela foi vítima de infecção pulmonar e urinária. O documento foi distribuído pela assessoria do Coren-RJ nesta terça-feira (04/06).
A morte de Palmerina Pires Ribeiro foi investigada e o exame contradisse a versão de morte por embolia pulmonar – entupimento da artéria pulmonar ou de ramos. O laudo cadavérico, realizado em casos de morte suspeita, foi pedido pelo Coren-RJ.
Palmerinha morreu no PAM após ter ficado internada por dez dias. Segundo as conclusões do perito legista Paulo Reigota, não havia presença de leite no sangue da idosa, que apresentava aspecto normal. Além disso, não foram detectados sinais de embolia gordurosa cardíaca e pulmonar, o que afasta a possibilidade de a idosa ter recebido café com leite na veia.
Entenda o caso
Após a morte de Palmeirinha, a família da idosa acusou o PAM de São João de Meriti de ter causado a morte da aposentada depois que uma mistura de café com leite ser injetada no lugar do soro.
Segundo parentes, uma funcionária teria confundido a bebida com a medicação. A idosa, que recebia alimentação por meio de uma sonda, morreu quatro dias depois – no dia 15 de outubro passado. Uma das filhas de Palmeirinha disse que viu o momento em que a enfermeira trocou o soro pelo café com leite. De acordo com a família, o hospital não tinha o medicamento indicado para reverter o efeito da bebida no organismo da aposentada.
A estagiária Rejane Moreira Telles, de 23 anos, foi tida como a responsável pela morte da idosa. Ela foi indiciada por homicídio culposo (sem intenção de matar). No dia 17 do mesmo mês, Rejane prestou depoimento na delegacia e admitiu que errou administrando o leite no acesso venoso e não na sonda nasogástrica, e não chamou o supervisor da escola.
No entanto, o laudo cadavérico indica que não houve injeção intravenosa de qualquer alimento na paciente. O presidente da Coren-RJ, Pedro de Jesus, diz que a estudante do curso de técnicas de enfermagem estava no seu terceiro dia de estágio e que a falta de experiência pode tê-la confundido sobre o erro ou o acerto do procedimento. Jesus ainda afirma que a jovem pode ter sido pressionada e acabou acreditando que teria causado a morte da idosa.
Segundo Alexandre Ziehe, da Delegacia de São João de Meriti (64ª DP), ela disse que recebeu a ordem de administrar o café com leite na sonda nasogástrica e estava na companhia de outra aluna que não conhecia até o momento.
(*) Com informações do R7 e Agências
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