Mais uma noite de protestos contra aumento na tarifa de transportes no Rio e em São Paulo
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Mais um protesto contra o aumento nas tarifas do transporte urbano foi realizado no centro do Rio de Janeiro. A manifestação, convocada pelas redes sociais, reúniu estudantes e trabalhadores e começou por volta das 17h desta quinta-feira (13/06), na Igreja da Candelária, no cruzamento das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, as duas principais da região central da cidade.
A passagem dos ônibus urbanos do Rio subiu, recentemente, de R$ 2,75 para R$ 2,95. Um grande contingente policial foi deslocado para a área do protesto, para tentar impedir tentativas dos manifestantes de parar o trânsito ou de depredar patrimônio público.
Entre os manifestantes, chamou a atenção o músico Bob Lester, que diz ter 100 anos de idade. Lester disse que se envergonha do país, onde só se pensa hoje com as Olimpíadas e a Copa do Mundo. “E o povo morre de fome e nas portas dos hospitais”, ressaltou o músico. Para ele, a manifestação dos estudantes e trabalhadores é justa, mas não vai baixar o preço da passagem. “Isso só vai acontecer quando [os manifestantes] fecharem o movimento cedo, ao meio-dia, não agora, quando o pessoal quer ir para a casa.”
O estudante Vitor Alves dos Santos reclama que falta dinheiro para ele frequentar o curso pré-vestibular, pois o transporte compromete seu orçamento. “É quase impossível continuar estudando. Eu pego ônibus todos os dias para ir ao cursinho e já estou faltando há uma semana. Não está dando para continuar”, disse ele.
Para o técnico em meio ambiente Alexandre Oliveira, o problema é o direcionamento das verbas públicas. “Estamos lutando pela redução nas passagens porque é um aumento abusivo.” Segundo Oliveira, desde 2004, os aumentos somam quase 400%. “Para a gente que ganha um salário mínimo, isso aí é uma covardia com o trabalhador.”
PM e manifestantes entram em confronto na cidade de São Paulo
A Polícia Militar começou a reprimir por volta das 19h o quarto protesto contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo. A força tática usou bombas de gás e balas de borracha para impedir que os cerca de 5 mil manifestantes, de acordo com estimativa da PM, subissem a Rua da Consolação.

O ato saiu de frente do Theatro Municipal e passou pela Praça da República. Os policiais negociavam com representantes do Movimento Passe Livre para que a manifestação se encerrasse na Praça Roosevelt, mas, durante a negociação, os manifestantes simplesmente continuaram com o protesto e seguiram adiante.
Às 19 horas, grupos menores estavam espalhando lixo pelas ruas e ateando fogo, a exemplo do que foi feito após a repressão dos outros atos. Desde o começo da manifestação, a polícia acompanhou o ato com grande contingente e prendendo diversas pessoas. Foram detidas pessoas que, segundo a PM, portavam drogas, armas brancas, vinagre ou fazendo pichações.
Este é o quarto ato desde o dia 6 contra o aumento das tarifas públicas, que passou de R$ 3 para R$ 3,20 na semana passada. Nos três atos houve confronto com a polícia e depredações feitas pelos manifestantes.
(*) Com informações da Agência Brasil
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