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PRF impede 46 ônibus do exterior de entrar no Brasil

 
 

PRF impede 46 ônibus do exterior de entrar no Brasil

A Polícia Rodoviária Federal já fiscalizou 4.403 ônibus nas rodovias federais de todo o Brasil até o domingo (20/07). Destes, 1.483 foram multados por infrações diversas, sendo 1.303 nacionais e 179 estrangeiros. A PRF impediu a entrada no Brasil de 46 ônibus e vans estrangeiros. Durante as fiscalizações, 31 ônibus brasileiros foram impedidos de seguir viagem pela PRF. Do total de veículos fiscalizados, 3.246 são brasileiros e 1.157, do exterior. A PRF não registrou até o momento acidentes com ônibus de peregrinos.

A fiscalização é resultado da operação “Rotas da Fé”, que começou no dia 15 de julho e se estenderá até o início de agosto, quando o retorno das caravanas houver terminado. Todo o efetivo da PRF, de mais de 10 mil policiais, estará envolvido na operação, além de cerca de três mil viaturas, entre automóveis, motocicletas e três helicópteros. Mais de 1.500 policiais estarão trabalhando no Rio de Janeiro.

Além da JMJ, a PRF também estará envolvida com o deslocamento de peregrinos para o Santuário Nacional de Aparecida, que receberá a visita do Papa Francisco no dia 24 de julho. No planejamento da PRF, trata-se de outro grande evento, descolado da Jornada Mundial. Para os técnicos da área de planejamento operacional, a visita do Papa levará para a cidade paulista um público diferenciado do que vai ao Rio de Janeiro.

Rotas da Fé – A PRF dividiu sua atuação em duas frentes. Uma voltada para as rotas nacionais, com deslocamento de Norte e Nordeste para o Rio de Janeiro. Outra, para rota internacional, ao Norte e ao Sul, passando pelo Centro-Oeste, também em direção à capital fluminense. Nas rotas nacionais, a PRF vai direcionar as abordagens para os pontos de origem, com foco nos ônibus clandestinos. Na outra ponta, a fiscalização começará nas fronteiras do Brasil com os países vizinhos. Veículos que não estiverem em acordo com a legislação brasileira de transporte de passageiros e com o CTB, não ingressarão no País.

A Polícia Rodoviária Federal utilizará uma estratégia denominada “Cinturão de Policiamento”, que consiste na delimitação de áreas que receberão policiamento intenso e especializado. Os cinturões são classificados em ‘Metropolitano’, nas áreas urbanas, com foco nos pontos de partida de ônibus e caravanas; ‘Divisas’, entre as Unidades da Federação, e de ‘Fronteiras’, nas linhas de fronteira seca do Brasil com os países vizinhos.

Nessas ações, os policiais rodoviários federais vão priorizar a repressão ao transporte clandestino de passageiros, sem prejuízo de outros tipos de fiscalização, como combate à alcoolemia (Lei Seca) e à criminalidade. Para realizar esse trabalho, a PRF vai utilizar operações com cães; grupos de pronto-emprego e operações aéreas.

Com os cinturões, a PRF vai aumentar a segurança de quem circula pela malha federal, orientando o trânsito e combatendo os crimes e delitos de trânsito, além dos chamados crimes comuns, em especial o tráfico de drogas, armas, munições e explosivos; exploração sexual de crianças e adolescentes; tráfico de seres humanos; contrabando e descaminho, entre outros.

Risco coletivo – Uma grande preocupação da PRF é com os acidentes de trânsito, dada à quantidade de ônibus em circulação durante a JMJ. E o temor da PRF tem fundamento. Entre 2010 a 2013, a PRF atendeu a 33.236 mil acidentes envolvendo ônibus, com 16 mil feridos e 1041 mortes. Em mais de sete mil acidentes, a colisão ocorreu contra caminhões e carretas. Apesar da maioria dos acidentes ocorrerem durante o dia, foi durante a noite que se registrou a maior fatalidade, 690 mortes. Os acidentes que causaram o maior número de mortes foram as colisões frontais (325), a saída de pista e o capotamento (173 mortes cada) e as colisões traseira e lateral (98 mortes cada).

De acordo com os levantamentos da PRF, os Estados com maior número de acidente são exatamente aqueles que possuem os corredores rodoviários mais utilizados do país. Encabeçam a lista, Rio de Janeiro (5320 acidentes), Minas Gerais (3991) e Paraná (2496). A maior fatalidade foi registrada em Minas Gerais (173 mortos), Bahia (166) e Paraná (74). As tabelas com o ranking estão no final deste material.

O perigo do clandestino – A grande demanda gerada pela Jornada Mundial da Juventude aumenta a oferta do popular “ônibus pirata” por operadores clandestinos. A opção pelo transporte marginal traz inúmeros riscos aos passageiros. Entre eles, a falta de manutenção mecânica dos ônibus, mal estado de conservação e a condução por motoristas sem treinamento adequado e com carga excessiva de trabalho. Quem embarca em um ônibus irregular não possui garantias da conclusão da viagem – por problemas mecânicos, acidentes ou apreensão do ônibus pela fiscalização. Além disso, não há cobertura de seguro em caso de acidentes.

Para evitar o risco dos ônibus clandestinos, no território nacional, o responsável pelo fretamento deve se certificar que a empresa possui certificado de registro para fretamento e autorização para a viagem junto à ANTT, nota fiscal de prestação do serviço, seguro de responsabilidade civil, laudo de inspeção técnica dos ônibus e comprovante de vínculo empregatício do motorista, que deverá possuir comprovação do exame de saúde obrigatório em dia.

Um convênio com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) permite à PRF fiscalizar, além da aplicação do Código de Trânsito Brasileiro, a regularidade das viagens interestaduais de ônibus, incluindo os ônibus de fretamento. Além dos cinturões de fiscalização (origem, proximidade e fronteiras), os ônibus poderão ser parados e fiscalizados em qualquer posto PRF.

Rotas preferenciais e ‘bolsões” de acolhimento – Uma das formas de garantir uma viagem mais tranquila é planejar bem o percurso. Para facilitar a chegada dos peregrinos ao Rio de Janeiro, a PRF, em conjunto com o DNIT e a ANTT, destacou rotas preferenciais de acordo com o local de início de cada viagem. Entre as vantagens da utilização das rotas preferenciais estão a distribuição da quantidade de ônibus nas rodovias durante a viagem, existência de um maior estrutura de apoio comercial – para abastecimento, alimentação, pernoite e socorro mecânico – e a presença reforçada da Polícia Rodoviária Federal, oferecendo mais segurança e auxílio aos viajantes.

Além dos benefícios durante a viagem, a utilização das rotas preferencias permitirá que a chegada das caravanas aconteça de forma distribuída, contribuindo para a fluidez do trânsito. Apesar de o deslocamento acontecer por dezenas de rodovias, o acesso à cidade do Rio de Janeiro se dará por apenas quatro rodovias, todas federais. São Elas: Rodovia Presidente Dutra (BR-116 Sul); BR-101 Norte (acesso para a ponte Rio Niterói); Rodovia Washington Luiz (BR 040) e BR-116 Norte. O viajante deverá escolher a sua chegada de acordo com o seu ponto de origem.

Na chegada ao Rio de Janeiro, os peregrinos serão direcionados para os ‘bolsões’ de acolhimento, locais com estrutura para estacionamento e triagem dos veículos. O objetivo dos bolsões é organizar o deslocamento dos ônibus para seus destinos finais, de forma a diminuir a sobrecarga que esse tráfego provocará no trânsito carioca. Os bolsões estão assim localizados:

(*) Com informações da PRF

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