Ao menos 149 pessoas morreram e mais de 874 ficaram feridas durante a operação policial realizada no Egito
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Uma operação policial realizada nesta quarta-feira (14/08) no Cairo para desmantelar os acampamentos dos seguidores do presidente deposto Mohammed Mursi, deixou ao menos 95 pessoas morrertas e mais de 874 ficaram feridas. A informação é do Ministério da Saúde do Egito. Já Irmandade Muçulmana, grupo ao qual Mursi é filiado, chegou a afirmar que a ofensiva deixou ao menos 250 mortos. Os manifestantes, por outro lado, relatam até 2.200 mortos e mais de 10 mil feridos.
O número exato de vítimas é incerto e ainda não pôde ser confirmado. Um repórter da Al Jazeera afirma ter contado 94 corpos em um necrotério. Outro jornalista, da AFP, diz ter visto 124 corpos.
A situação fez com que o governo decretasse estado de emergência por um mês. O anúncio feito na TV estatal, e o estado de emergência começa às 16h locais (11h em Brasília). A presidência pediu ao Exército que ajude o Ministério do Interior a reforçar a segurança no país.

Os confrontos aconteceram em dois acampamentos erguidos desde a deposição do presidente, no dia 3 de julho. Um deles, na praça Al Nahda, próxima à Universidade do Cairo, foi rapidamente esvaziado e o local já está sob controle total da polícia, segundo as autoridades egípcias informaram às agências de notícias.
Na outra ocupação, montada em frente à mesquita Rabia al Adawiya, no nordeste da cidade, ainda há confronto –segundo a agência de notícias EFE, há intenso tiroteio no local. Rajadas de metralhadora foram ouvidas, e escavadeiras avançaram sobre as áreas dos acampamentos.
“Isso é sórdido, eles estão destruindo nossas barracas. Nós não podemos respirar e muitas pessoas estão no hospital”, disse Ahmed Murad à BBC.
As forças de segurança também dispararam bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, e testemunhas relatam dezenas de corpos em um hospital de campo. Imagens de TV ao vivo mostraram médicos usando máscaras de gás e óculos de natação enquanto tentavam tratar os feridos, ainda segundo a BBC.

A operação aconteceu após o fracasso de esforços internacionais para mediar um fim a um período de seis semanas de impasse político entre partidários de Mursi e o governo instalado pelo Exército, que tomou posse após a deposição do presidente.
Em entrevista à BBC na segunda-feira (12), o ministro das Relações Exteriores, Nabil Fahmy, disse que os acampamentos não poderiam ficar nas ruas por tempo indeterminado e prometeu diálogo.
“Se as forças policiais tomarem suas medidas, farão isso de acordo com a lei, com mandado judicial e de acordo com as normas básicas pelas quais essas coisas são feitas”, disse na ocasião.
Mursi, o primeiro presidente democraticamente eleito do Egito depois de a saída de Hosni Mubarak –que governou o país por três décadas–, foi deposto pelo Exército após protestos em massa contra seu governo.
Desde 3 de julho, ele está detido em local secreto, sem que qualquer foto ou declaração dele tenha sido divulgada.
A eleição presidencial do ano passado ocorreu após os fortes protestos populares que haviam ajudado a derrubar, no começo de 2011, o regime de Mubarak.
(*) Com informações do Uol e Agências
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