Chanceler alemã, Angela Merkel, é reeleita com seu melhor resultado eleitoral
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Neste domingo (22/09) a chanceler alemã, Angela Merkel, superou todas as previsões e alcançou seu melhor resultado eleitoral, com cerca de 42% dos votos, embora não poderá contar para governar com seu atual aliado, o Partido Liberal, que ficaria sem cadeiras, segundo pesquisas de boca-de-urna divulgadas após o fechamento das urnas.
A coalizão formada pela União Democrata-Cristã e a União Social-Cristã da Baviera (CDU/CSU) obtiveram segundo as projeções divulgadas pela televisão pública “ARD” 41,7% dos votos.
O Partido Social-Democrata (SPD), liderado por Peer Steinbrück, obteve 25,6%, apenas dois pontos e meio a mais do que o péssimo resultado de quatro anos.
Só haverá outras mais duas forças no Bundestag (Parlamento) e ambas perderam apoio entre o eleitorado: A Esquerda, que aglutina ex-comunistas e dissidentes do SPD, ficaria com 8,6% dos votos; e os Verdes obteriam 8,3%.
Com resultados apertados entre os democratas-cristãos e o bloco opositor, Steinbruck desfez a única incógnita que podia ameaçar um novo mandato de Merkel: embora os três partidos de oposição tenham conseguido a maioria das cadeiras, o SPD não se aliará com A Esquerda, partido que considera “não apto” para governar.
“A bola está agora com Merkel. Ela deve ver como fará para conseguir uma maioria”, desafiou o candidato social-democrata após a parabenizar pelo resultado.
Merkel, entre gritos de “Angie, Angie” e diante da comemoração de simpatizantes reunidos na sede da CDU, comemorou o “excelente” resultado conseguido por seu partido e seu parceiro de coalizão e disse que “atuará com responsabilidade” perante o “claro mandato” obtido para governar por mais quatro anos.
“Agradeço a confiança depositada. Amanhã abordaremos no partido a situação, com os resultados nas mãos, mas hoje é momento de celebrar”, disse a chanceler, tentando adiar o inevitável debate sobre qual será sua opção de governo para garantir uma legislatura estável.
A principal surpresa nas eleições realizadas hoje, apesar do precedente da votação de semana passada na Baviera, foi a saída do Parlamento do Partido Liberal (FDP).
Este tradicional partido, presente em 17 dos 22 governos federais da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial, ficaria com 4,7% dos votos e não chegaria ao mínimo de 5% necessários para conseguir uma vaga no Parlamento.
As opções de Merkel estão portanto limitadas: ou governar em minoria (algo que nunca ocorreu no país), ou se aliar com os Verdes, que em sua campanha se aproximaram dos sociais-democratas, ou reeditar a “grande coalizão” com o SPD, com a qual governou durante sua primeira legislatura (2005-2009).
Na ocasião Steinbrück foi seu ministro das Finanças, mas o hoje candidato perdedor deixou claro que não fará parte de um grande governo de coalizão.
Segundo as projeções de voto, os eurocéticos do Alternativa pela Alemanha (AfD) ficariam a apenas dois décimos de conseguir cadeiras no Parlamento, e com isso o partido constatou, apenas sete meses após sua criação, que seu projeto de saída voluntária do euro dos países em crise tem apoio entre os eleitores.
Já o partido das Piratas, após várias eleições bem sucedidas em nível regional, ficou sem nenhuma perspectiva de entrar no Parlamento federal, ao obter apenas 2,2% dos votos.
Merkel, que ganhou sua primeira eleição com 35,2% dos votos e as segunda com 33,8%, não só melhorou seu porcentual mas obteve o melhor resultado dos democratas-cristãos nas últimas duas décadas.
Os eleitores alemães voltaram a depositar a confiança em uma mulher que não duvidou em reconhecer que boa parte do milagre da Alemanha, capaz de enfrentar a crise que atingiu outros países europeus, deve-se à importância das reformas estruturais aprovadas por seu antecessor, o social-democrata Gerhard Schröder.
Com a taxa de desemprego mais baixa das últimas duas décadas e contas públicas saneadas, os eleitores confirmaram as teses dos analistas: a Alemanha não quer mudança.
(*) Com informações do Terra
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